História de nossa cidade

Cachoeira Paulista 09 de Março de 1880





Aparecimento: 1739
Fundação: 1780
Emancipação Política : 09/03/1880

Digitação: Ericka Vanessa

Segundo a maioria dos historiadores que pesquisaram a história do Vale do  Paraíba, confirmam que, Mén de Sá providenciou uma caravana comandada por Brás Cubas mais o mineiro Luis Martins para busca do ouro nas redondezas das Minas Gerais, a pedido da Corte.
Saíram de São Paulo e rumaram para os sertões verdejantes deste imenso Vale, rasgando matas e navegando pelo Rio Surubís (nome denominado pelos índios do Rio Paraíba do Sul). Navegaram meses até ao encontro de uma grande represa, cujo caminho navegável termina....
Ao encontro desta cachoeira, Brás Cubas denominou o lugar de Porto da Cachoeira, para analisar em seu mapa de viagem.
Descansaram alguns dias nas margens deste caudaloso rio, rumando para as bandas da Serra da Mantiqueira, avistando uma garganta no lugar á sua direita.
EMBAÚ é hoje um Distrito de Cachoeira Paulista
Brás Cubas, após seguir 2 léguas, toparam com uma grande aldeia de índios, num lugar que denominavam-se “UVAU” ou HUMBAHÚ ou EMBAHÚ...Ali foi dado um descanso para arrumarem suas bagagens, a fim de subirem a serra, deixando, também, algumas famílias para o plantio de verduras, cereais, a fim de que tivessem comida na volta. Com este fato de ficarem as famílias, foi então iniciado o primeiro povoado do Embahú, juntamente com índios que alí já moravam, isto em 1560.
Mais tarde outros portugueses rumaram de Angra dos reis, subindo pela Serra do Mar, alcançando já  o fundo do Vale, nascente do Rio Piraí, serra da Bocaina, penetraram pelo Itagaçaba e alcançaram um povoado com bastante casas de pau á pique e palha no local denominado já, Embahú. A meta era a mesma buscar ouro para a Corte.
Todos os aventureiros não se importavam com as aldeias de índios. Só queriam mesmo o caminho das Minas Gerais.
Os índios que predominavam nesta região eram os Purís.
O Porto da Cachoeira é o fim da navegação fluvial do Rio Paraíba do Sul.
João Ramalho também chega ao Porto da Cachoeira e, 1562.
João Pereira Botafogo,aporta em Cachoeira em 1596, com uma grande expedição.
Domingos Rodrigues veio em 1597.
Em 1700, é ergida no povoado do Embahú, uma capela no alto do morro que batizaram-na de Nossa Senhora da Conceição pelos seus devotos.
Em 1704, Jacques Felix e Felix Guizard ambos da Vila de Taubaté, também adentraram o sertão do Vale, rumo as Minas Gerais passando pelo Porto do Guaipacaré (Lorena) e pararam no Porto da Cachoeira, tomando o caminho do Embahú, via Minas.

Porto da Cachoeira
Em Abril de 1739, já se conhecia um arraial com o nome de Porto da Caxoeira com “X” e não com “ch”. Sabia-se que era o Caminho do Porto da Cachoeira ou Caxoeira do Rio das Minhocas, ou caminho de Cachoeira do Embahú ou mesmo Caxoeira caminho dos Silveiras.... todos antes nomes, como distrito da Vila de Lorena.
Mais conhecido era como o Arraial do Porto da Caxoeira..., em 1739.
Aqui se misturavam índios nas duas margens do Rio Paraíba do Sul. Portugueses foragidos, tropeiros abandonados e sem rumo, misturando-se com os índios, fazendo suas palhoças para moradia.
Conforme ensina Manuel Eufrásio de Azevedo Marques, um grande historiador do Vale, Caxoeira originou-se mesmo de uma pequena capela originada num morro Alto da Margem Esquerda, por Sebastiana de Tal, junto com outros devotos de São Bom Jesus da Cana Verde, antes de 1780.
Foi mais ou menos no local onde se achava o terreno de Umbanda do senhor Ditinho, entre as ruas São Benedito e a Travessa Campos Sales, mais ou menos nesta região.
Em 1780 na área da segunda Esquadra da Companhia de Ordenação do Caminho da Piedade, Manuel da Silva Caldas, possuidor de vasta região de terras na Margem Esquerda, (de Canas até além do morro Comuna), colheu 100 barris de aguardente, criou dois cavalos baios, cinquenta bovinos, cinquenta e quatro porcos.
Neste mesmo ano havia em nosso povoado 27 fogos (casas) e 209 moradores estabelecidos com suas famílias, cujos nomes foram:
Cabo Gonçalves José Angelo Pinto, Germano Pedroso, Quitéria Maria, Ignácio Pedroso Cruz, Ignácio José, Luis de Sousa, Manuel da Costa Colaço, Gaspar Domingos, Pedro da Costa, Caetano José, Francisca Maria, José Alves da Costa, Manuel Ferreira, Bento da Costa, João Ribeiro de Camargo, Maria Nunes Barbosa, Bento José dos Santos, Francisco Jorge Torres, José Machado Togardo, Paulo Coutinho, Pedro Silveira, Nicolau da Costa Gomes, Manuel da Silva Caldas e Luiz Gomes da Silva.
A Nova Igreja do Bom Jesus
Em 18 de Outubro de 1784, Manuel da Silva Caldas, e sua mulher Angela Maria de Jesus, por escritura passada no Cartório do Tabelião da Vila de Guaratinguetá, doaram definitivamente para o Patrimônio da nova Capela, 200 braças de terra e mais meia légua dos sertões a margem esquerda do Rio Paraíba do Sul até o encontro das divisas com o Povoado do Embahú, para a construção da nova Capela de São Bom Jesus da Cana Verde, no mesmo local onde se acha instalada a Igreja do Senhor do Bom Jesus.
Sua construção iniciou-se somente em 1785, de pau á pique e modesta. Provisão do Bispo de São Paulo Dom Manuel da Ressureição, sendo a primeira benção dada pelo Padre Manuel Francisco Lescura Bauher, em 06/08/1786.
No mesmo ano de 1786, quando se iniciava a reconstrução da primeira capela lá no alto do morro, um escravo enforcou-se num andaime. Em vista deste fato, os operários, supersticiosos como eram, não mais voltaram á reforma, ficando   a mesma ao abandono com suas ruínas a vista até aos poucos anos atrás. Por este motivo que a nova foi construída em outro lugar.
Novos Caminhos Rodoviários
Em 1800 dá início na Corte, por ordem do Imperador, a Estrada Imperial partindo de Angra dos Reis, rasgando matas da Serra da Bocaina e do Mar, passando por Bananal, nascente do Rio Piraí, entrando pelos sertões do fundo do Vale, alcançando o Porto da Cachoeira, rumo a Vila Vicentina ( São Paulo).
Este caminho da Estrada Imperial, depois Estrada Rio São Paulo, junto da Dutra para o fundo do Vale do Paraíba com o nome de Estrada dos Tropeiros (Homenagem aos valorosos homens que iniciaram nossas aldeias de antenho), penetrava em Cachoeira pela  Fazenda Senhor Antonio Vieira Filho, bairro do São João (antiga Lagoa Seca), penetrava pelo local conhecido por Morro Vermelho, hoje Rua  Antonio Santana Galvão Freire Pinto, atravessava a Sarah Kubistchek, Rua José da Silveira Mendes, Rua Sete de Setembro, Deocleciano da Silva Azevedo, Orris Benedito Barbosa, bairro das Palmeiras, Olaria do Lara, para Canas e daí até São Paulo.
No local onde atravessava a Av. Sarah Kubistchek havia um grande bananal com um rancho de mudas de cavalos. No ano da Independência do Brasil, passa por aqui D. Pedro I , parando, descansando e trocando seus cavalos já cansados das caminhadas que há dias vinham da Corte. Com o decorrer dos tempos esta estrada muda de rumo. Em vez, de entrar pelo Morro Vermelho que antes fora citado, continua pela Rua Maestro Lorena, Rua Sete de Setembro e daí em diante entrando pela Rua Cel. Deocleciano Azevedo segue o mesmo caminho de antes.
PITÉU
Há um alenda antiga sobre o bairro do Pitéu. Verdade, ou não, aí vai: Desde 1823, quando passavam os tropeiros pela Estrada Imperial, paravam num Rancho de Tropeiros e de mudas de animais , onde localiza-se hoje o DER, as margens do Rio do Pitéu. Fazia-se comidas, cuja fama levavam além das fronteiras e assim ficou conhecida estas paragens possuir um bom pitéu... Como dizem que a voz do povo é a voz de Deus, o local assim ficou conhecido até os dias atuais.
JATAHY
Jataí é hoje um bairro de Cachoeira Paulista. Já foi vila independente, teve sua Comarca, sua Delegacia e sua vida própria...
Devido a expansão dos caminhos abertos, para solucionar a passagem do ouro e mais tarde para o gado, de Guaratinguetá até Angra dos Reis, muitos aventureiros aproveitaram-se para possuir terras.
Por volta de 1850 apareceu nestas bandas, nas margens do Rio Jatahy um Padre João Graciano de Faria que, gostando do lugar e da vista que descortinava-se naqueles morros, juntamente com algumas famílias que vieram junto, ergueu  ali mesmo uma Capela tosca, sendo ele o Pároco, ganhou logo o título de Freguesia, em data de 04/04/1854 também elevado á Paroquia.
A Capela recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade com uma imagem e tamanho natural, do tipo da famosa “PIETÁ”, de madeira de lei e tinha o filho morto aos seus braços. Em 1967 esta imagem foi roubada, ignorando-se até hoje seu paradeiro.
Jatahy teve seus 15 vigários, o seu progresso foi rápido, época do café muitos tropeiros aqui passavam e bons negócios se faziam nestas paragens.
Sua independência da Vila de Lorena deu-se á 02/04/1887 da sua emancipação politica, trinta anos após elevado a Freguesia.
Teve sua comarca e sua representação na Vila Vicentina e na Corte.
Em 23/02/1889 é que foi instalada a nova Comarca Municipal de Jatahy sendo seu primeiro Presidente o Vereador José Lopes de Araújo.
Santa Cabeça
Alguns pescadores encontraram no Rio Tietê, lá pelos anos de 1825, uma cabeça de uma santa. Seus devotos doaram á um negociante de animais que vinha do Rio Grande do Sul para Comarca do Rio de Janeiro, José Coreia , parando pelo bairro do Paiol em Silveiras, presenteou á senhorita Joanna de Oliveira. Joanna mudando-se para o bairro de Jatahy, lá depositou em um Oratório, que foi muito bem recebida pelos moradores e devotos, dizendo ser milagrosa.
Aconselhada pelo vigário da Paróquia de Jathay, Padre João Graciano de Faria, deu-se inicio a construção de uma pequena capela para a Santa Cabeça, muito tosca, porém modesta e limpa.
Mais tarde construíram uma igreja de tijolos, e telhas, no mesmo local onde nos dias atuais e com uma torre.
Esta construção iniciou-se na data de 25/03/1926 com o lançamento da pedra fundamental com a presença de autoridades locais, de cidades vizinhas, do estado com o prefeito da cidade Jesuíno Nunes Ribeiro, Arsênio Ferreira Presidente da Câmara, o vigário da Paróquia de Cachoeira, que a construiu Padre José Soares . Sua inauguração deu-se á 26/09/1928, com o mesmo nome de Santa Cabeça, cujas as autoridades, o novo Prefeito de Jatahy como presentes Sr. João das Chagas, sendo Delegado de Polícia e novo conterrâneo Sr. Arsênio Ferreira.
Em 1934 deixou de ser munícipio, passando a Distrito de Cachoeira Paulista devido a sua decadência, também em consequência das Vias Férreas bem afastadas que foi destas margens.
Hoje encontramos nestes lugares os bairros: Sapé, Jataí e Santa Cabeça, onde continua sua romaria sempre no segundo domingo de Dezembro.
Santo Antônio
Lá pelos anos de 1862 ergueu-se no alto do morro da margem direita, afastado da Vila, uma Erminda, de pau á pique e barro, tosca e bastante frequentada.
Seu primeiro batismo foi em 1865, somente em 02/09/1867 é que recebeu esta Ermínda, a elevação para Capela de Santo Antônio.
Em 1869 demoliram-na, sendo construída uma nova postura maravilhosa. Seu primeiro Padre foi Antônio Caetano Ribeiro.
São Sebastião
Ao lado do largo da Cadeia no mesmo lugar onde se vê a nova igreja, esquina da Rua São Sebastião com a Rua Cel. Dominiciano foi erguida a Capela de São Sebastião, num local ainda afastado da Vila, pelos seus devotos, em 20 de Janeiro de 1870.
Mais tarde esta capela foi renovada com tijolos e telhas e recebeu um pequeno sino e uma imagem maior.
Em 25/04/1951, demoliram-na e em seu lugar construíram uma igreja grande, novinha, cujo templo lá está resplandecendo a Ressureição, pintada pelo saudoso Nelson Lorena.
Seu primeiro vigário foi o Monsenhor Dagoberto Palmeiro d’Azevedo. Hoje é 2ª Matriz da 2ª Paróquia.
Estradas de Ferro
Desde 1862 que as leis provinciais de São Paulo vinham favorecendo os estudos para a exploração e construção de uma Estrada de Ferro no Vale do Paraíba com o projeto de chegar á Corte.
Somente em 1871 é que consolidou-se  a ideia de sua construção.
Em 02/03/1872 a Companhia São Paulo / Rio de Janeiro ganhou conseção para uma construção.
Somente em 07/07/1877 é que os trilhos da via férrea chegaram á Santo Antônio do Porto da Cachoeira, perfazendo um percurso de 231 km em bitola estreita, cujo custo ficou em 10.665.000.000 ( Dez mil seiscentos e sessenta e cinco contos de reis), levando cinco anos na construção.
Em 1875, lá no Rio de Janeiro, por ordem do Imperador, iniciava a construção de uma estrada de ferro que tomou o nome de D. Pedro II, terminando sua construção, também na Vila de Santo Antônio do Porto de Cachoeira, num lugar á Margem Esquerda da cidade na Comuna. Em 1877 o nome de Comuna originou-se pela concentração de escravos libertos, reunidos nesse local vivendo a revelia.
Freguesia
O Arraial de Santo Antônio do Porto da Cachoeira foi elevado a Freguesia em 29 de março de 1875, pela lei nº 37, tomando o nome de Freguesia de Santo Antônio do Porto da Cachoeira.
A Estrada de Ferro da Central do Brasil foi construída em Janeiro de 1876 pelo Engenheiro Dr. Newton Benaton, inaugurada em julho de 1877 com três torres e duas imensas plataformas para melhor acolher os produtos da região, que não eram poucos, vindos das Minas Gerais e outros.
Custou ao Governo de São Paulo 300.000.000 (trezentos contos de reis).
Os passageiros atravessavam usavam balsas iam para a Estação e lá pernoitavam em seus luxuosos dormitórios, faziam seu repasto no restaurante local.
No pátio de entrada da estação encontrava-se alguns quiosques (barracas sextavadas), que vendiam lanches, refrescos, aos menos afortunados.
Na chegada de trens na Estação, era motivo de festa para o povo. Corriam á espera de trens, em traje de gala, damas  com seus vestidos de renda, homens com cartolas e seus busiguins envernizados, escravos a prumo e muitas carruagens de luxo. Era mesmo um motivo para se mostrar do que tinham do bom e do gosto da época.
Princesa Isabel
Do lado da Comuna, da Estrada de Ferro D.Pedro II, chegava uma grande comitiva imperial, chefiada pela Imperatriz, sua Alteza a Princesa Isabel em 08/07/1877, junto com seu marido Conde D’EU, e muitos convidados, fidalgos da Corte para Inaugurar as duas Vias Férreas. A recepção foi uma beleza ímpar.Muitas autoridades do Vale do Paraíba, de SP, de MG, a elite toda aprumada, na época dos espartilhos e das cartolas com fraque e relógios de ouro nos coletes de seda.
Fogos, bandas de música com uma gritaria da população para ver a princesa.
Para ir á São Paulo foi preciso duas composições, pois os fidalgos eram muitos.
Balsas
Para que os passageiros pudessem ir da margem esquerda Comuna, para a Estação de São Paulo / Rio, era necessário a passagem pelas balsas ficavam a lado da estação.
Dois portugueses que aqui se estabeleceram, montaram este meio de transporte, ganharam muito dinheiro e aqui fizeram a fortuna e família. Gostaram muito do nome de PORTO, adotando-o para ser seu nome, foram os senhores José Porto que mais tarde tornaram-se grandes fazendeiros, respeitados na cidade e construíram famílias tradicionais  cachoeirenses.
O Carnaval de 1879 em Cachoeira, já era quente nas ruas e grandes bailes eram realizados na cidade. Muitas máscaras, lança-perfume, cordões de rua, animados, muita pêndega, porém, tudo dentro de um respeito ímpar entre os dois sexos. Bons tempos aqueles....
Emancipação
Santo Antônio de Cahoeira prosperava de vento em popa. Seus políticos e o povo em geral, esperavam logo sua independência.
Foi assim em 09 de Março de 1880, pela Lei nº 5 a cidade foi elevada a Vila de Santo Antônio da Bocaina, separando-se da Vila de Lorena, recebendo sua Emancipação Politica, com muitas representações de Guaratinguetá, Lorena, São Paulo e da Realeza.
Em 08/01/1883 instala-se a 1ª Comarca Municipal, no Torreão da Estação.
Os primeiros vereadores foram : José Frutuoso Ferreira, João Jacintho de Aguiar Borges, Tenente Caldino Rodrigues, Perreira C. e Miguel Rangel dos Santos, os senhores Joaquim dos Santos Pinto Junior, Tenente J. José da Motta e Saturnino de Seixas, sendo Presidente da Câmara Tenente Rodrigues Pinto.
Nesta época havia em Cachoeira uma fábrica de cervejas, uma de sabão, duas de telhas e tijolos, uma oficina de serralheiro, ferreiros e laticínio, dois relojoeiros, três padarias, quatro hotéis, três quiosques, duas farmácias, um bilhar, um açougue, dois cabelereiros, dois dentistas, seis lojas de fazenda e armarinhos, dezessete casas de secos e molhados, três seminários com uma triagem de 1200 exemplares direção de Saturnino Seixas e a Gazeta da Bocaina dirigida por Pedro Teixeira.
Neste mesmo ano foi criado o primeiro teatro, que foi palco de grandes peças famosas. Suas primeira localização foi no antigo casarão saudoso Sr. José de Oliveira Gomes, antes o grande armazém dos irmãos Porto.
O teatro da margem direita localizado na Rua Marechal Deodoro teve com seu primeiro nome Teatro Santo Antonio, iniciando sua construção em 1885. Seus fundadores foram Luiz Fellipe de França, Antônio José da Costa Junior, João Jacintho de Aguiar e José Joaquim Gonçalves que angariaram ações de Dez Mil Reis cada a fim de conseguirem Quinhentos Mil Reis.
Não concluíram a construção, do teatro em 15/04/1885 como fora previsto, ficando abandonado por 10 anos. Somente em 28/09/1895 é que a construção foi realizada pela Câmara Municipal.
Por volta do ano 1890 havia um largo enorme no centro da cidade, conhecido como Largo da Cadela, de onde estava localizada a Capela São Sebastião tinha também um chafariz de ferro e achava-se também o prédio do Fórum, Câmara, Cadeia Pública, hoje Praça Prado Filho. Neste largo aramava-se circos, quermesses em beneficio á Santa Casa, parques de diversões e outras atrações.
Em 27/03/1890 foi criado o termo “Bocaina” pela Vila de Lorena, e sancionado pelo Decreto nº 27 pelo Presidente do Estado de São Paulo Dr. Prudente de Moraes, de Vila de Santo Antônio da Bocaina.
Em 25/05/1890, com a criação do Fórum da Bocaina, foi anexado o município de Cruzeiro. Seu primeiro Juiz foi Dr. José Ignácio de Macedo.
Em 20/08/1890 o Governo Republicano Provisório autorizou o resgate da Via Férrea de São Paulo á santo Antônio da Bocaina da Cachoeira em bitola larga. Incorporando-a Estrada de Ferro Central do Brasil E.F.C.B. com a bitola de 1,60 m, este trabalho demorou 02 anos.
Em 25/08/1892 pela Lei nº 80, a Vila da Bocaina foi elevada a Comarca, desligando – se de Lorena, cuja instalação deu-se em 12/10/1893.
Em 15/05/1893 foi construído o Pontilhão de Ferro da Via Férrea. O serviço e construção deste pontilhão foi executado pelo Engenheiro Dr. Newton Beneton um inglês que aqui ficou e gostou de Cachoeira e criou família.
O engenheiro casou-se e foi residir numa fazenda ( que hoje pertence ao Luiz de Campos Alves). Foi o pai do Tenente Newton, um dos 18 do Forte de Copacabana e também avô do João Batista do Prado, o Tenente que, na revolução de 1932, numa atitude heroica e humana, atirou-se sobre uma granada estraçalhando-se todo para não ferir seus comandados.
Com a implantação das Estradas de Ferro no Vale do paraíba, deu-se a queda do progresso de muitas cidades onde não a possuía, terminando com os tropeiros no interior, preferindo todos os transportes ferroviários.
Caiu o movimento da Vila do Embaú de Jataí, Silveiras e outras cidades do interior, dando margem para um rápido progresso de Cruzeiro, antes povoado da Estação.
O termo de Cidade só fico dado em 15/05/1895 pela Lei nº 14, recebido definitivamente o nome de Cachoeira.
Os intendentes de Cachoeira tiveram função desde 1892 até 17/01/1908, quando receberam o nome de Prefeito.
Foram intendentes: Capitão José Joaquim Gonçalves, Coronel Domiciano Rodrigues Pinto, Manuel do Nascimento e Silva e o Sr. Virgílio Neves.
Quando os intendentes foram extintos, passou a governar o Presidente da Câmara. Por este motivo Coronel Domiciano ficou no gverno da cidade por muitos anos.
O coronel foi o pai do Dr. Evangelista Rodrigues e casado com a senhora Emeliana Rodrigues Pinto. Toda a evolução de Cachoeira, como distrito, freguesia, vila e comarca muito devemos á este homem, o Coronel Domiciano.
Rancho dos Tropeiros
As tropas de burros que vinham da Serra da Bocaina, Silveiras, etc...alojavam-se no Rancho dos Tropeiros em Cachoeira, onde era localizado os fundos do antigo Supermercado Galvão, onde era antiga Venda do Silvino. Faziam o comércio de troca de mercadorias, vendas, antigo sistema que se processava.
Ficavam dias acampados, comiam em cuias (fruto da serra criado pelos índios na mata virgem, que cortavam em duas metades e virava vasilhames). Cozinhavam em fogo cujas panelas de ferro, punham-nas em tripés de madeira, penduradas em correntes. Mais tarde, a Prefeitura transferiu estes tropeiros para o alto da Boa Vista, nas imediações do DNER. Estes tropeiros ficaram neste comércio por muitos anos 1830 até 1940, mais ou menos.
1º Grupo Escolar
em 19/02/1913 deu-se a Fundação da Primeira Escola Estadual do Grupo Escolar “ Dr. Evangelista Rodrigues”. Quando prefeito de Cachoeira o Dr. João Evangelista Pinto lutou para a criação deste estabelecimento de ensino com seu trabalho junto ao Governo Estadual, quando Presidente do Estado de São Paulo o Conselheiro Rodrigues Alves e o secretario de interior Dr. Arthur Arantes.
Sua instalação foi em 06/03 do mesmo ano, pelo inspetor Escolar Prof. Mauricio Camargo. O primeiro diretor foi o professor Raphael Santana.
Em 29/10/1915 Cachoeira foi elevada a Distrito de Paz do Munícipio e Comarca de Bocaina.
Santa Cabeça
Em 1918 a Santa Cabeça só recebia doentes de epidemia que atacava a cidade.
Só em 11/02/1919 que iniciou-se suas funções de atendimento ao povo cachoeirense. Era dirigida pela dona Lindoya Rocha, e senhor José de Oliveira nomes e os médicos foram os doutores Lourival Feijó e Nilton Pina.
Casas da Turma
Com a implantação do Pontilhão de Ferro unindo as duas ferrovias, a direção da Central do Brasil, anos mais tarde conseguiu uma casa de madeira ao lado dos trilhos da Central, para acomodar os trabalhadores da conservação das linhas, que ficaram conhecidas como Casa da Turma. Mais tarde, a apelidaram de Pé Preto devido a quantidade de fuligem das máquinas que ali derramavam.
Anos depois a trilha da Central do Brasil transferiu-se para outras bandas e desativou este pontilhão de utilidade da via férrea. A Prefeitura, recebeu de presente da Central do Brasil e criou novo bairro no antigo Pé Preto, transformando o Pontilhão numa rua transversal e ficou então como bairro de santa Terezinha.
Em 1920 é colocado o Relógio na Torre da Igreja Matriz de Santo Antônio.
Em 1928 é instalado em Cachoeira o Departamento de Estrada de Rodagem – DER no bairro do Pitéu foi na Estrada Rio / SP hoje Rua Orris Benedito Barbosa.
Seu primeiro Engenheiro foi Dr.João Fonseca de Camargo e Silva. O DER construiu a estradas Bocaina, das Pitas e do Palmital.
Em 1932 estoura a Revolução Constitucionalista, no final desta tragédia os federais avançavam em nossa cidade, dando margem ao povo fazer uma retirada para outras cidades, deixando aqui suas casas ao abandonado, ao bel prazer dos saques promovidos pelas tropas famintas.
Antes da entrada das tropas federais em Cachoeira, quase que o Pontilhão de Ferro ia pelos ares.
Graças a mão salvadora do nosso herói anônimo que cortou na madrugada silenciosa, os fios da dinamite. Este herói, fiquei sabendo no dias de hoje chamar-se João Anannias, um humilde trabalhador da Estação.
Nas horas vagas fabricava sabão para sustentar sua família, pois o que ganhava na Estrada era um minguado salário.
João Anannias é o nosso herói da Revolução de 1932. Bem que podia ter uma rua na cidade com seu nome.
No Dia Sete de Setembro é inaugurada a Praça Prado Filho, no antigo Largo da Cadeia, vendo-se ainda a majestosa Capela de São Sebastião, colocado do Soldado Desconhecido, obra esta esculpida pelo nosso saudoso artista, escritor e poeta NELSON LORENA .
Neste dia estiveram presentes, além de muitas autoridades da redondeza, o General Izidoro Dias Lopes, herói da Revolução de 32.
Em 1937 é criado em Cachoeira o Departamento Nacional de Estrada de Rodagem DNER. Só foi instalado em 1946, como 8º Distrito. Seu primeiro Engenheiro residente foi Dr. Waldemar U. de Oliveira
As obras do DNER foram : Via Dutra, de sua duplicação, Trevo da entrada da cidade, asfalto na Rua Antonio Sacilotti Filho no Alto da Boa Vista, Construção de um Conjunto Residencial para trabalhadores do próprio DNER e outros.
Ponte do Paraíba
Esta ponte liga Cachoeira á cidade de Cruzeiro, que muito serviu á Estrada de Rodagem destas duas cidades irmãs, não teve a mesma sorte o Pontilhão de Ferro. Foi dinamitado somente pelas forças revolucionárias em sua retirada. Isto aconteceu em 14.09.1932, ficando por mais de dois anos tombado dentro do Rio Paraíba. Um crime irreparável!
Somente em 18.11.1934 que recebeu a Reforma completa cuja  inauguração fizeram-se na presença do Governador do Estado de São Paulo , o Interventor Armando Salles de Oliveira.
Valparaíba
Os Cachoeirenses em 30.11.1944 receberam a triste noticia da mudança do nome da cidade, imposta pelo Decreto Federal número 14334, assinado pelo Presidente da República Dr. Getúlio D. Vargas, em obediência ás exigências do Instituto Geográfico Federal, para o nome de Valparaíba.

Escola Normal Estadual “ SEVERINO MOREIRA BARBOSA” CENE – SEB

Seu inicio deu-se em 1945, na Margem Esquerda, funcionando apenas o curso ginasial com o nome de Ginásio Valparaíba. Seu primeiro diretor foi o professor Antônio Valverde de Machado.
Em 1957, pela Lei 1817 de 05.03 o Estabelecimento foi incorporado á rede de ensino oficial do estado.
Em 1964, pela Lei 8382, de 28 de outubro, o Ginásio foi elevado a categoria de Colégio, recebendo então o nome de “Severino Moreira Barbosa”.
Severino Moreira Barbosa era português da cidade do Porto e chegou ao Brasil em 21.11.1890, transferiu-se para Cachoeira em 1892 como atacadista. Foi vereador, prefeito durante oito anos e Presidente da Câmara por quatro anos. Seus vencimentos como servidor público nunca os recebia para si.
Dava-os ás Instituições Filantrópicas da cidade. Após a integração para a rede do ensino foi o saudoso professor Sebastião Bittencourt como diretor.
Nosso Nome da Cidade
Em 24.12.1946, por um trabalho do Professor Agostinho Vicente de Freitas Ramos, consegue, pela lei nº 233, a volta do nosso nome da cidade, porém para Cachoeira Paulista.
Grupo Escolar Maria Isabel Fontoura
Sua criação foi em 26.11.1947 com o nome de Grupo Escolar do bairro do Embaú. Em 27.03.1962, passa a denominar-se Grupo escolar Maria Isabel Fontoura. Sua instalação foi á 01.01.1962, seu primeiro diretor foi professora Arlete Fidalgo de Oliveira Salto.
Grupo Escolar Paulo Virgínio
Criado em 30.12.1947 e instalado á 01.01.1948, funcionando no edifício do Ginásio Valparaíba, sendo mais tarde Colégio Delta.
Em 21/06/1962 inaugurou-se o suntuoso prédio, localizado no Largo Bom Jesus, na Margem Esquerda com a presença do representante do Governo do Estado Dr. Carvalho Pinto. Seu primeiro diretor foi o Prof.º Adalberto Pereira Souza. Seu nome recebeu – Grupo Escolar “PAULO VIRGÍNIO” e Ginásio Estadual José da Silveira Mendes.
Grupo Escolar Domingos Paula e Silva
Criado em 23/02/10951 e instalado em 13/03/1951 no Bairro do Quilombo. Seu inicio foi em dois prédios alugados pela Prefeitura. Hoje já em prédio próprio. Seu primeiro Diretor foi a Prof.ª Maria de Lourdes Gomes Ramos.
Grupo Escolar “Padre Juca”
Criado em 05/09/1057 e instalado em 01/04/1957 em prédio alugado no Bairro da Vila Carmem, do Sr. Mário Paiva com seu primeiro nome do Grupo Escolar da Vila Carmem, passando em maio do mesmo ano a denominar-se Grupo Escolar Padre Juca.
Foi um movimento iniciado pelo então Prefeito Luiz de Campos Alves junto com os membros da antiga legenda “UDN” com os Senhores Manuel Carvalho – o Manoel Borges, Vicente Buono e outros. Mais tarde o Governo do Estado de São Paulo construiu o majestoso prédio no mesmo bairro, adotando o nome de Grupo Escolar Padre Juca. Seu primeiro Diretor foi o Prof.ª Ieda Nanci Moeller.
Educandário Luiza Gomes de Lemos
Fundado em 07/06/1958 como internato só para moças, na Vila Carmem. Foi criado pelas Pioneiras Sociais no Governo Federal do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Esta criação se deve muito ao carinho e dedicação da Senhora Édila Ainda Andrade Couto. Sua primeira Diretora foi a Prof.ª Carmem Fontes.
Grupo Escolar Professora Regina Pompéia Pinto
Criado em 30/11/1964 no Governo de Ademar de Barros, instalou em prédio particular em 16/02/1965. Dia 14/12/1967 inaugurou-se no Edifício no Parque Primavera. Seus primeiros Diretores foram Prof.ª Therezinha Silva e Prof.º José de Godoy Roseira.
Colégio Delta
Neste prédio foi o Ginásio Cachoeira, depois Ginásio Valparaíba fundado por uma equipe de personagens líderes da cidade, lá pelos anos de 1944. O Colégio Delta foi fundado em 01/01/1967, como um colégio particular. Usou o prédio Ginásio Valparaíba, na Margem Esquerda. Seu Diretor e fundador foi o Prof.º Juracy de Paula Lico. Hoje, pertencente o prédio à Prefeitura. Instalou-se a Escola Técnica Estadual de Cachoeira Paulista e a Secretária da Educação.
Comendador Oliveira Gomes
Foi criado o Ginásio Estadual Idalina Macêdo Costa de Abreu Sodré em 29/01/1969 e sua instalação deu-se a 17/03/1969 na Santa Casa passando, depois para o prédio do Grupo Escolar Dr. Evangelista Rodrigues e transferido mais tarde para o prédio G.E. Maria José Vieira, no Parque Primavera em 25/02/1970.
Com a fusão dos dois estabelecimentos acima, em 1974 e pela Lei nº 364, passou a chamar-se Escola do I Grau Comendador Oliveira Gomes. Foi seu primeiro Diretor o Prof.º Mabel Viana.
INPE
Um grande empreendimento Federal de grande escala espacial foi instalado em Cachoeira Paulista, quando Prefeita a Senhora Édila Ainda de Andrade Couto. Como Governador o Sr. Laudo Natel e como Secretário do Interior, que muito colaborou na implantação, o Dr. Hugo Lacerte Vitalli. Trata-se do INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, tendo hoje muito aparelhos de precisão, laboratórios e outros. Seu primeiro Diretor foi o Dr. Fernando Mendonça.
FURNAS
Furnas Centrais Elétrica S/A, muito conhecida apenas por “FURNAS”, criada em Cachoeira em 1957. É uma retransmissora de energia, abastecendo as capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, desde o ano de 1970, também no Governo Municipal da Senhora Prefeita Édila Ainda de Andrade Couto.
Museu Pedagógico
O Museu Pedagógico Dr. “Costa Júnior” foi criado pela Secretaria de Esporte e Turismo em 29/06/1972 e inaugurado em 28/07/1972. Seu Diretor até hoje é o Prof.º Jairo Ramos.

Possui Cachoeira uma bem instalada Cooperativa de Laticínios, criada pela união dos fazendeiros de Silveira e de Cachoeira, iniciando o movimento os Senhores Cyro Moreira de Silveiras junto com Sr. Deocleciano da Silva Azevedo de Cachoeira, mais o Sr. Carlos Pinto Filho, Abdias Pinto, Benedito Pinto, e outros.
Originou-se esta Cooperativa, da antiga Usina Pinto & Toledo aqui existente onde hoje começa a Vila Cacarro.
Os estatutos e documentação para sua instalação foram coordenados pelo Contador Sr. Vicente Buono. Inclusive o inicio da documentação para fundar a Cooperativa Central do Laticínios instalada em São Paulo.

Construído também o 8º Depósito da Central do Brasil em Cachoeira, instalado entre a Vila Carmem e o Pitéu, criando muitos empregos para o povo, hoje pertencente a Rede Federal S/A.

O Serviço de Águas e Esgotos de Cachoeira, sempre foi administrado pela Prefeitura. Mais tarde, foi criada a SABESP em São Paulo e Cachoeira aceito sua instalação aqui, cujos serviços até hoje vem servindo a contento.

Ruas Antigas
Cachoeira, como muitas cidades brasileiras teve também a suas ruas com nomes sugestivos e mesmo popular. Vejamos:
Rua dos Espíritas: - A partir da Praça Major Lombardi, subindo a Rua Santo Antônio, vamos encontrar na primeira esquina à direita uma Rua que chama-se Rua São Miguel (Hoje Rua Mário Buono). Pois bem. Esta Rua Mário Buono foi à muitos anos conhecida nos bons tempos por “Rua dos Espíritas”, pelo seguinte fato:
Quanto subia um enterro para seu recomendado o referido corpo na Matriz de Santo Antônio, tudo bem, passava direto desta rua. Porém, quando se tratava de um enterro portador de um defunto espírita, virava esta esquina e não ia em direção a Matriz. Com este ato cotidiano, a rua tomou este refrão... Cada religião com seu ritual.
Rua da Palha: - Havia nesta rua uma fabriqueta de palha para proteges garrafas de cerveja, da antiga fábrica de cerveja aqui existente, naqueles tempos as cervejas eram protegidas por palhas e encaixotadas para seu destino. Não havia nesta época plásticos, nem engradados de vasilhames como se vê. Esta a razão da criação do adágio popular, chamar à esta Rua Barbosa Ferraz, de Rua da Palha.
Rua da Raia: - Nesta rua, nos bons tempos calmas de Cachoeira, o povo criou um meio de se divertir aos domingos e feriados, com este divertimento na corrida de cavalos, lógico que, atrás deste lazer veio a jogatina sobre aposta, o que mais atraia a população. Poucas casas, uma rua com a maior quantidade de areia, terra fina e própria para uma “raia”. Portanto, a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves de hoje, foi de há muitos anos conhecida por Rua da Raia...
Rua do Sapo: - Partindo da antiga Padaria do Sr. Tonico Mendes, da esquina da Rua Bernardino de Campos com Rua Major Batista, seguia uma rua até aos trilhos da Central do Brasil. Pois bem, esta rua continha em seus finais muitos sapos. Era só chover e pronto. A Saparia andava a solta pela rua noite adentro. Esta, a razão de ser conhecida a Rua de hoje Dr. Prudente de Morais, como a Rua do Sapo. Também conhecida por Rua do Curral do Conselho, que, onde se encontra o Mercado Municipal, mais a União Espirita Cachoeirense e a Residência do Sr. Coronel Antônio Guimaraes era tudo isto um lugar de prisão de animais soltos, cujo Conselho Municipal da Cidade aprisoávamos para depois cobras os impostos.

Cachoeira Paulista tem uma área de 277 km².
Limita-se com os municípios de Cruzeiro, Piquete, Lorena, Canas e Silveiras.
É cortado pela Rede Ferroviária Federal e pela Rodovia Presidente Dutra, assim como dividida pelo caudaloso Rio Paraíba do Sul. Tem uma altitude de 520 metros, possuindo um clima seco, temperado e agradável.
Dista de São Paulo pela Dutra 200 km e do Rio de Janeiro de 212 KM.
Sua população orça hoje mais de 30.000 habitantes. É por Cachoeira a passagem que vem da Via Dutra para às Águas Minerais. Por falar em água, há um velho adagio popular de que, “Quem Bebe Água de Cachoeira Fica ou Volta Sempre”.

Nomes Diversos de Nossa Cidade:
Porto da Cachoeira
Arraial do Porto da Cachoeira
Capela do São Bom Jesus da Cana Verde do Porto da Cachoeira
Caxoeira do Porto da Cachoeira
Caxoeira do Rio das Minocas
Caxoeira do Rio das Caninhas
Caxoeira do Caminho dos Silveiras
Caxoeira do Caminho do Embaú
Porto da Choeira do Caminho das Minas Gerais
Freguesia do Santo Antônio da Cachoeira
Porto da Cachoeira da Vila da Bocaina
Vila de Santo Antônio da Cachoeira
Vila de Santo Antônio da Bocaina
Bocaina
Cachoeira
Valparaíba
Cachoeira Paulista

Prefeitos de Cachoeira Paulista
Virgílio Neves – 1889
Dr. João Evangelista Rodrigues
Major Severino Moreira Barbosa
]João Barbosa Ferraz Filho
José Ortiz Nogueira
Dr. Milton Cavalcanti Pinna
Prof.º Agostinho Vicente de Freitas Ramos
Prof.º Fernando Máximo
Deocleciano da Silva Azevedo
Abdias Pinto
José Carlos de Souza
Adel Benaton Guimarães
José Rodrigues do Prado Filho
Dr. Roque Cozzi
Erasmo Pompéia Pinto – 56 à 59
Geraldo Francisco dos Santos – 52 à 55
Luiz Campos Alves
Prof.º Édila Ainda de Andrade Couto
Antônio Benedito Hummel – 73 à 76
Dr. Jayr de Castro Mendes – 77 à 82
José Alves da Silva – 83 à 88
Dr. Aloisio Vieira – 89 à 92
Dr. Silvio Capucho Hummel – 93 à 96

Presidente da Câmara de Cachoeira Paulista
Joaquim Cândido Pinto – 1889
Joaquim Silvério Fonseca Queiroz
Capitão José Joaquim Gonçalves
Casimiro dos Santos Pinto
Cel. Domiciano Rodrigues Pinto
Major João Antônio Oliveira Porto
Joaquim Pinto Barbosa
José Pereira de Castro
Virgílio Neves
Francisco Ribeiro Barbosa
Deocleciano Ramalho
Severino Moreira Barbosa
Francisco Nunes Siqueira
Antônio Joaquim Rodrigues
José Antônio Nogueira de Sá
Avelino da Silveira Mendes
Edgard de Andrade Ferraz
Raul Rios Filho
Alcides Sacilotti
Wagner Carneiro Marcondes
Mário Pacheco Filho
Eurico Martins Lara
João Leite do Prado
Erasmo Pompéia Pinto
Antônio Benedito Hummel
José Mário Reis Pinto
Frederico Ferretti Filho
Fernando de Moliere Romeiro
Gilberto Luiz de Souza
Sídney Ciriaco de Oliveira Souza
Thereza Schubert Barbosa
Geraldo Porto Gomes
Darcy Lobão
Benedito Edson Ferreira da Silva
Aloisio Vieira
Nery Victorio
Edson de Mendonça Satim
Dilson José da Silva
Gabriel Benedito Issaac Chalita
Mariza Cardoso de Miranda Hummel
José Mauro Moreira Barbosa
Elbom Fontes de Souza

Cachoeira é uma cidade pacata, com um povo amigo e acolhedor. Tem uma Cooperativa de Laticínio, filiada à Cooperativa Central do Estado de São Paulo, muitos pecuaristas, sitiantes e pequenas empresas.
Outros recursos financeiros vão parecendo, dando à Cachoeira um lento progresso, porém, calmo a social.

Este humilde trabalho de nossa querida Cachoeira, agradeço a colaboração dos muitos amigos que prestigiaram-me de uma forma ou de outra: Agostinho Vicente Ramos, Hilton Federici, Paulo Pereira dos Reis e Manuel Eufrásio de Azevedo Marques; pesquisas Museu Histórico e Pedagógico, Secretaria da Cultura, Livro do Monsenhor Machado, Diocese de Lorena, aos amigos: José “Portinho”, “Didito” Hummel, Jairo Ramos e outros tantos anônimos que deram também muito de si, para o crescimento deste maravilhoso monumento “CACHOEIRA PAULISTA”
                                                                  



Cachoeira Paulista e sua História : O marco inicial do primitivo núcleo foi uma pequena capela erigida por devotos em homenagem ao Senhor Bom Jesus, no ano de 1780. Manoel da Silva e sua mulher doaram, em 18 de Outubro de 1784, para o patrimônio da Capela, uma grande porção de terras que partia da margem esquerda do Rio Paraíba e avançava meia légua em direção à Serra da Mantiqueira, permitindo assim a expansão do vilarejo ali instalado.As primeiras edificações instaladas consistiam em choupanas de sertanejos, na sua maioria pescadores, que tiravam seu sustento do Rio Paraíba. A primeira rua de Cachoeira, foi a Rua "Bom Jesus", que na época partia da capela e avançava até a rota por onde passavam os tropeiros que se dirigiam à Minas Gerais.Um dos momentos históricos mais significativos da cidade ocorreu em 1932, durante a Revolução Constitucionalista. Durante esse período, o município transformou-se em uma praça de guerra, tornando-se o Quartel General do Movimento Constitucionalista. Toponímia .A origem do nome Cachoeira Paulista deve-se ao fato de o Rio Paraíba ter algumas corredeiras após o pontilhão de Ferro da MRS Logística (antiga Estrada de Ferro Central do Brasil). Antes de se chamar Cachoeira Paulista, a cidade teve 7 nomes diferentes: Porto da Caxoeira, Arraial do Porto da Cachoeira, Porto da Cachoeira, Arraial porto da Cachoeira de santo Antônio, Freguesia de Santo Antonio da Cachoeira, Vila de Santo Antonio da Bocaina, Vila de Santo Antônio da Cachoeira, Vila da Bocaina, Bocaina, Cachoeira, Valparaíba. Estação de Cachoeira Paulista. A cidade de Cachoeira Paulista, no interior do Estado de São Paulo, abriga aquela que foi considerada uma das mais magníficas construções ferroviárias da história deste país.Inaugurada em 1875, a Estação ferroviária de Cachoeira Paulista marcava o ponto de encontro entre dois importantes ramais ferroviários do Brasil: a Estrada de Ferro do Norte (também conhecida como Estrada de Ferro São Paulo – Rio)e a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que vinha desde a cidade do Rio de Janeiro. Embora, atualmente encontre-se completamente abandonada, a Estação de Cachoeira Paulista ainda exibe traços da bela arquitetura empreendida na época de sua construção.Cachoeira Paulista também se destaca por ser sede da Comunidade Canção Nova (comunidade Católica Romana) fundada pelo Monsenhor Jonas Abib e companheiros em 1978.Hoje há uma grande estrutura com dois centros de eventos e missas(chamados de "Rincão do Meu Senhor"), salas de confissão, capela do santíssimo sacramento, televisão, radio etc."Hosana, Brasil" é uma grande festa realizada pela comunidade Canção Nova em meados do mês de dezembro, com missas, palestras, e shows. A cidade fica com seus hotéis e pousadas praticamente lotados durante o período da festa.A sede da Cação Nova também apresenta um grande estúdio de TV, onde são gravados os programas exibidos pela emissora pertencente a esta instituição.


Cachoeira Paulista Cidade 

Turismo religioso Canção Nova


Saiba mais sobre esta cidade.....
Conheça minha cidade e saiba como tudo começo...


Cachoeira Paulista está localizada entre as Serras da Mantiqueira e da Bocaina, passando por ela o Rio Paraíba, em pleno Vale do Paraíba , no Km 40 da Rodovia Presidente Dutra, Estado de São Paulo Brasil, sede da comarca do mesmo nome.
O município teve sua origem em 1780, quando o Capitão Manoel da Silva Caldas e sua mulher doaram ao Senhor do Bom Jesus da Cana Verde (patrimônio da capela), por escritura passada no Cartório do Tabelião de Guaratinguetá, á 18 de Outubro de 1784, 200 braças ou 440 metros de testada que partindo da Margem Esquerda do Rio Paraíba , avançava mais meia légua para os lados da Serra da Mantiqueira.
O marco inicial, do primitivo núcleo, foi uma Capela construída em 1785, para onde coagiram as tropas que iam para Minas Gerais.
Servida pela estrada de Ferro Central do Brasil da RFFSA antiga Rede ferroviária hoje MRS Logística, sendo obrigatória a parada de trens acha se ligada aos municípios de Lorena, Cruzeiro, Piquete e Silveiras com estradas pavimentadas. Além disso está a apenas 30km do estado de Minas Gerais, ligando as cidades de Itajubá, Passa Quatro, Itanhadu, Itamonte, São Lourenço, etc
A Estação Ferroviária de Cachoeira Paulista foi o Ponto de ligação da citada Estrada de Ferro D. Pedro II, que uni as Cidades do Rio de Janeiro e Cachoeira Paulista e como já dito a Estrada de Ferro São Paulo – Rio.
A construção da Estação veio atender as demandas daquele meio urbano, que era deposito regional da produção de Café e seu produto exportado para Corte.
Construída no final do século passado, a partir do projeto do Engenheiro Newton Bennton, o edifício da estação coube ao ecletismo impostos as soluções arquitetônicas, características da época.
A Estação da Estrada de Ferro D. Pedro II em Cachoeira Paulista sendo construída no final do século passado é uma das maiores existentes no Brasil, com 270 metros de comprimento e um das mais importantes pois foi o deposito de toda riqueza do Brasil no II Reinado que foi o Café.
Chegava uma grande comitiva imperial, chefiada pela Imperatriz, sua alteza a a Princesa Isabel na data de 08.07.1877, junto com seu marido o Conde D’Eu e muitos convidados, fidalgos da Corte para Inaugurar as duas Vias Férreas, a recepção foi uma beleza sem par.
Na época muitas autoridades do Vale do Paraíba, de São Paulo, de Minas Gerais, a leite toda aprumada, na era dos espartilhos e das cartolas com fraques e relógios de ouro, também coletes de seda.
Muitos fogos e bandas de musica com uma gritaria da população para ver a Rainha!
Nesta época nossa cidade tinha uma fábrica de cerveja, uma de sabão, duas de telhas e tijolos, uma oficina de serralheiro, ferreiros, dois relojoeiros, três padarias, quatro hotéis, três quiosques, duas farmácias, açougues, armarinhos, dezessete secos e molhados.
A construção inicial do teatro Municipal foi em 1885, mas ficou abandonado por dez anos, somente em 28.09.11895 é que a construção terminou pela Câmara Municipal. É um dos mais antigos do Brasil, onde grandes Compositores de ópera, teatro e companhia, até mesmo o Compositor Vila Lobos, apresentou-se no Teatro Municipal.
 No ano de 1937 é criado em Cachoeira o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER sendo instalado em 1946 com 8º Distrito.
 Já FURNAS Centrais Elétricas S/A, muito conhecida apenas por FURNAS, criada em Cachoeira em 1957, é uma retransmissora de energia,abastecendo as capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, desde o ano de 1970, sendo no governo Municipal da Senhora Prefeita Édila Ainda de Andrade Couto.
Hoje Cachoeira Paulista tem como Cultura Jornal O Momento, Rádio e TV Canção, Rádio, Museu Histórico, uma Estação Ferroviária, Biblioteca Municipal e Postos de Saúde em todos os bairros, além de um hospital,tendo recreações como Parque Ecológico Nelson Lorena, Clube Literário e Recreativo, MRS Logística, INPE, Social Olímpico Ferroviário, Cachoeira Futebol Clube, Estádio Municipal, Teatro Municipal.
Como artesanato tem a Casa do Crochê Dona Mariucha.
A Prefeitura Municipal de Cachoeira Paulista oferece alguns Cursos com Artesantos, Gastronomia, Informática entre outros.
Já na Zona Rural encontra-se as cidades de São Miguel, Embaú, Embauzinho, Quilombo, Jataí , também tem a Igreja de Santa Cabeça situada no Bairro do Sapé (antigo município de Jataí) a 8 km do centro da cidade, que está velado a imagem de Santa Cabeça, que deu inicio no século XIX. Cachoeira Paulista é um das quatro cidades históricas religiosas do Vale do Paraíba Aparecida, Guaratinguetá, Lorena e Cachoeira Paulista.
Cachoeira Paulista não poderia ter recebido um nome que lhe definisse melhor. Surgida dos caminhos de tropeiros no passado, a cidade ganhou da natureza uma beleza única expressa através das suas águas.
Foi a primeira cidade da região a receber indústrias, no início do século XX, mas não desenvolveu um potencial industrial, permanecendo como centro ferroviário até a meados do século. Mais recentemente foi escolhida para receber o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Além disso, seu povo dá aos visitantes uma enxurrada de alegria, acolhendo a todos que vão se banhar na atmosfera de prosperidade que banha Cachoeira Paulista.

A cidade de Cachoeira Paulista tem sua  emancipada na data de  9 de março de 1880, mas sua história começou muito tempo antes, como um povoado pertencente à Vila de Lorena, que surgiu à margem esquerda do Rio Paraíba.
Registros indicam que em 1560 passou pela cidade uma expedição chefiada pelo bandeirante Brás Cubas - fundador de Mogi das Cruzes - guiado pelo mineiro Luiz Martins, rumos às Minas Gerais, que teria iniciado o povoado do atual bairro Embaú. A citada expedição teria também dado o nome ao local onde desembarcou e pernoitou de "Porto da Caxoeira".
Existem ainda registros de outros expedicionários bandeirantes que passaram por aqui, destacando-se entre eles: João Ramalho, em 1562; Capitão Ferreira de Souza Botafogo, em 1566; João Pereira de Souza e Domingos Rodrigues, em 1596; Martim Correia de Sá,  com uma expedição de 700 brancos e 200 índios, em 1597; André de Lion, em 1600,; Jacques Felix, fundador de Taubaté, em 1646; entre outros.

INÍCIO DA CIDADE
Documentos de 1730 citam o "Arraial do Porto da Caxoeira", na época pertencente à Vila de Lorena, como ponto de desembarque no Rio Paraíba rumo às Minas Gerais. Em 1780 os tropeiros que iam ou vinham de Minas Gerais pernoitavam na margem esquerda do rio Paraíba, visto que no local a moradora Sebastiana e outros devotos haviam construído uma pequena e simples capela ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde, a qual era rodeada por toscas choupanas que serviam de abrigo aos viajantes e, por isso, este local é considerado como o início da cidade.

AS CAPELAS
Capela do Senhor Bom Jesus da Cana Verde: No dia 18 de outubro de 1784 o morador Manoel da Silva Caldas e sua esposa, Angela Maria de Jesus, doaram para o patrimônio da Capela do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, segundo escritura registrada em Guaratinguetá, "200 braças de terras situadas na margem esquerda do Rio Paraíba, cerca de ½ légua dos sertões das divisas do Embaú".
Capela do Senhor Bom Jesus: Fundada em 1785 a atual capela do Senhor Bom Jesus, inicialmente construída de pau-a-pique. Em 1786 a capela é abençoada pelo padre Manoel Francisco Lescura Bahuer e, nesse ano, as obras são paralisadas porque um dos operários enforcou-se no interior da capela. Alguns meses depois as obras foram reiniciadas e a capela concluída.
A VISITA DE DOM PEDRO
Em 18 de agosto de 1822 o arraial do Bom Jesus da Cana Verde recebeu a visita do príncipe regente Dom Pedro, na época com 22 anos, que estava a caminho de São Paulo, onde iria tentar acalmar os políticos e ao mesmo tempo preparar o Estado para a Proclamação da Independência.
Registros informam que Dom Pedro e sua comitiva partiram, nessa data, de Areias para Lorena, após assistirem um missa matinal. O Capitão Mor de Guaratinguetá, Manoel José de Mello, teria ido ao encontro da comitiva junto com outras autoridades. O encontro teria acontecido no Porto da Caxoeira, onde todos almoçavam. Durante o almoço, o Capitão Mor de Lorena, Domingos da Silva Moreira, teria oferecido a Dom Pedro novos cavalos para continuar a viagem à partir de Lorena.
O professor Francisco de Paula Ferreira teria feito a entrega de um ofício da Câmara Municipal de Guaratinguetá, dando boas vindas à Dom Pedro e se colocando ao dispor do Príncipe Regente. Depois do almoço a viagem continuou até Lorena, onde pernoitaram. Não há registro do local exato onde foi o almoço.
ESTAÇÃO DA ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL
Em 1875 já funcionava a Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, de forma provisória. Devido ao seu tamanho e imponência, tornou-se logo um centro escoador da produção cafeeira e de outros produtos dos sertões, tanto da Serra do Mar como do sul de Minas Gerais. Na época havia dois tipos de trilhos que eram o de máquinas, ou seja, os de bitola estreita (1,40m) e o de vagões, chamados de bitola larga (1,60m).
Cachoeira Paulista era o divisor da Estrada de Ferro Central do Brasil entre São Paulo e Rio de Janeiro, pois vindo de São Paulo a estrada era em bitola estreita e vindo do Rio de Janeiro era de bitola larga, e ambos encontravam-se em Cachoeira.
Além dos produtos que eram trazidos pelos produtores das redondezas, todas as mercadorias que transitavam entre São Paulo e Rio de Janeiro pelas ferrovias tinham que ser retiradas dos vagões iniciais e transportadas para os outros, devida a diferença dos trilhos.
A inauguração oficial da estrada de ferro foi em 29 de março de 1876, quando o “Arraial do Porto da Caxoeira” tornou-se freguesia com o nome de “Santo Antônio da Caxoeira”. A Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil foi oficialmente inaugurada em 8 de julho de 1877, sendo uma obra projetada por Newton Benaton e que custou, na época, cerca de 300 contos de réis.
Em 18 de abril de 1982 a estação foi tombada como patrimônio histórico brasileiro pelo  Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do estado de São Paulo).
EMANCIPAÇÃO
O desmembramento de Lorena aconteceu em 9 de março de 1880, pela Lei nº 5, que determinava que “a Freguesia de Santo Antônio da Caxoeira é desmembrada da Vila de Lorena, passando a denominar-se ‘Vila de Santo Antônio da Bocaina’, adquirindo o direito de construir sua Câmara Municipal”.
Ainda em 1880 foi inaugurada a Estrada Imperial entre Rio de Janeiro (onde ficava a Corte) e São Paulo, passando pela Serra do Mar, cortando assim as cidades do Vale do Paraíba. Para quem vinha de Silveiras com sentido a Cachoeira Paulista, passava pelos locais que hoje são bairro do São João, Rua dos Trabalhadores, Rua João Gonçalves Bittencourt, Rua Sete de Setembro, Rua Orris Benedito Barbosa e seguia para Canas e Lorena. Nesse mesmo momento os moradores, comerciantes e produtores criaram um caminho alternativo ligando o bairro São João à rua Sete de Setembro, passando por onde hoje é a Avenida Nelson Lorena e fazendo ligação entre a Estação da Estrada de Ferro e a Estrada Imperial pela, hoje, rua Prefeito Antônio Mendes.
PRIMEIRA CÂMARA MUNICIPAL
Em 8 de Janeiro de 1883 foi instalada a primeira Câmara Municipal da vila para o qüinqüênio 1883/1888, que foi presidida pelo Tenente Coronel Domiciano Rodrigues Pinto, tendo com vice-presidente Manoel Saturnino Seixas, que era o proprietário do primeiro jornal da Vila, denominado "Gazeta da Bocaina".
O jornal tinha como membros mais cinco cidadãos, curiosamente, todos com prenome Joaquim, que eram Joaquim Pedro Barbosa, Joaquim Cândido Pinto, Joaquim José Rodrigues da Motta, Joaquim Luiz Freitas Braga e Joaquim dos Santos Pinto Junior.
A Câmara Municipal funcionava no torreão central da Estação da Estrada de Ferro.
TEATRO MUNICIPAL
O Teatro Municipal de Cachoeira Paulista também foi inaugurado em 1883, constituído com estilo neoclássico. Na inauguração o local contou com a apresentação ilustre do maestro Vila Lobos.
A PONTE
Em 21 de abril de 1893 o Intendente Geral, Tenente Coronel Domiciano Rodrigues Pinto, inaugurou uma nova e moderna (para época) ponte sobre o Rio do Pitéu, na Estrada Imperial, na saída para Lorena. A ponte é um projeto do engenheiro Euclídes Rodrigues Pimenta da Cunha e a obra foi construída pelo engenheiro Santos Chiarelli.
DE COMARCA PARA CIDADE
Em 15 de maio de 1895, pela Lei nº 14 sancionada pelo Vereador Intendente Geral Tenente Coronel José Joaquim Gonçalves, a Comarca tornou-se Cidade, denominando-se Bocaina. Em 2 de outubro de 1901, pela Lei nº 789, a Vila da Conceição de Cruzeiro tem sua sede transferida para a "Terras dos Novaes", é separada da cidade Bocaina e o bairro Embaú passa a pertencer a Cruzeiro.
Em 25 de novembro de 1903, pela Lei nº 895, o bairro Embaú passa a pertencer à cidade  Bocaina. Em janeiro de 1908 os Intendentes Gerais passaram a denominar-se Prefeitos Municipais, tendo sido o primeiro Prefeito Municipal de Cachoeira Paulista o vereador Virgílio Neves, que fora eleito Intendente Geral.
Em 29 de outubro de 1915, por lei, passou a cidade Bocaina a denominar-se Cachoeira. No período de 1931/1935 as Câmaras estiveram sob intervenção e não legislavam. Em 21 de setembro de 1934, pelo decreto nº 6448, do interventor em São Paulo, Armando Salles de Oliveira, são anexados à Cachoeira as terras do Jataí (atual Sapé), Embauzinho e Quilombo.
Em abril de 1935 o Governo do Estado incorpora à cidade de Cruzeiro o distrito  Itagaçaba, que até então pertencia às terras do Jataí. Em 23 de julho de 1936 as Câmaras voltaram a legislar e em Cachoeira foi eleito como "Presidente" o vereador Avelino de Siqueira Mendes, que foi reeleito em 1937 e em 10 de novembro teve seu mandato cassado com a instituição do "Estado Novo". De 1938 até 1947, as Câmaras Municipais estiveram sob a intervenção e não legislaram.
FINALMENTE, CACHOEIRA PAULISTA
Em 1943, por determinação do Governo Federal, a cidade Cachoeira teria que mudar de nome e, em 30 de novembro de 1944, foi realizado um plebiscito para a escolha do novo nome, que foi escolhido, entre outras sugestões, como Valparayba.
Em 14 de dezembro de 1948, no entanto, a cidade passou a chamar-se, até hoje, Cachoeira Paulista. Antes disso, a cidade chegou a ser chamada de Caxoeira, Arraial do Porto da Caxoeira, Freguesia da Caxoeira de Lorena, Vila de Santo Antônio da Caxoeira, Cidade da Bocaina, Comarca de Cachoeira e Município de Valparayba.
A origem do nome "Caxoeira" surgiu devido à constituição do Rio Paraíba na área, pois na vazante formava-se no rio pequenas, mas violentas "Cachoeiras".
Site Rádio e TV Canção Nova : http://www.cancaonova.com/
Cachoeira Paulista não poderia ter recebido um nome que lhe definisse melhor. Surgida dos caminhos de tropeiros no passado, a cidade ganhou da natureza uma beleza única expressa através das suas águas.
Foi a primeira cidade da região a receber indústrias, no início do século XX, mas não desenvolveu um potencial industrial, permanecendo como centro ferroviário até a meados do século. Mais recentemente foi escolhida para receber o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Além disso, seu povo dá aos visitantes uma enxurrada de alegria, acolhendo a todos que vão se banhar na atmosfera de prosperidade que banha Cachoeira Paulista.

Estação ferroviária

Fonte Blog de Serviço Social : Ericka Vanessa link: http://wwwportalassistentesocial.blogspot.com.br/p/cachoeira-paulista.html



Estação 1952-1959 



Casarão




Cooperativa de Laticínos de  Cachoeira Paulista





Hino da Cidade
" Minha Terra " 

Letra de: Ovídio de Castro
Música de: Nelson Lorena

Minha Terra pequenina,
minha amada Cachoeira.
Tu és cidade oficina,
Do, futuro mensageira.

No sopé da Mantiqueira,
quase junto às suas fraldas
fundou minha Cachoeira,
o lendário Silva Caldas.

Feita de vales e montes,
minha terra pequenina
tem a nutri-la, três fontes,
a enfeita-la uma colina. 




Futebol em Cachoeira Paulista As Mil Camisas




CACHOEIRA PAULISTA-SP -Teatro Municipal; foto- Botelho Netto. Edição- Fundação Padre Anchieta - 1982-1983




Asilo da Santa Casa Comendador Sr. Negrinho - Benedicto Estanislau Rodrigues Alves, foi provedor por muitos anos 




Clube Cachoeirinha











Igreja São Sebastião



Margem Esquerda


















Construção da Ponte






                                                            Carnaval Anos 50




Carnaval Anos 50







































Desfile 7 de Setembro





Grupão







Fórum


Bloco da Raia Futebol






Avenida Coronel Domiciano



Rio Paraíba











"Grupão"
escola Dr. Evangelista Rodrigues



















Desfile 7 de Setembro 








Antigo Coreto 




CACHOEIRA PAULISTA: ESTAÇÃO FERROVIÁRIA 




Cachoeira é uma boa Cidade, já com visível caráter Paulista. Sobre a colina há um Hotel no qual os passageiros que não trouxeram provisões almoçam habitualmente, mas como devem tomar lugares e se ocupar das bagagens é frequente deixarem o almoço em meio. Nós tínhamos almoçado cedo e, por isto, pude transportar com calma todo o meu povinho e as cestas, sacos, bolsas de viagem, malas de mão, etc., assim como arrumar tudo no Carro da Estrada do Norte e ainda providenciar o seguimento das grandes malas, o que é sempre necessário, pois a ordem ali reinante não é das melhores. Aliás, é chocante a diferença entre a brutalidade dos empregados da Estrada do Norte. Não se ganha com a mudança porque os Carros são bem elegantes, mas estreitos e incômodos. A bitola é estreita e por isto os carros também o são e falta-lhes comodidade. Os gabinetes de toilette são apertados, não há mesas e os lugares são demasiado estreitos para serem cômodos. Arranjamos com grande dificuldade a nossa bagagem miúda e o Carro se encheu de tal forma que nós estávamos como sardinhas em lata. A Cidade fica à beira do Paraíba e causa boa impressão. 



O Artigo trata se de uma viagem entre o Rio de Janeiro e São Paulo, feita por ferrovia exatamente há 120 Anos atrás. O Autor do relato é Carl von Koseritz, um imigrante alemão, residente no Rio Grande do Sul e que por um curto espaço de tempo chegou a morar no Rio de Janeiro. Em meados da década de 1850 veio a se tornar jornalista, tendo lançado o seu grande jornal em 1864: "Koseritz Deutsche Zeitung", onde em 1883 ele publica o relato de sua viagem. Em 1885, este texto, juntamente com outros veio a ser publicado em livro na Alemanha, com o título de "Bilder aus Brasilien", que foi mais tarde traduzido e publicado no Brasil com o título de "Imagens do Brasil"









Parte dos azulejos hidráulicos ainda resistem no interior da estação (clique para ampliar).
http://www.saopauloantiga.com.br/estacao-de-cachoeira-paulista/
 






Rua Prudente de Moraes...
Sensacional registro fotográfico da Rua Major Batista no centro da cidade, década de 70.
http://fotolog.terra.com.br/cachoeirapaulista:595






Pintura de Cachoeira Paulista ano de 1817.
Sensacional cópia do desenho de Thomas Ender, sobre Cachoeira Paulista no ano de 1817, quando da passagem da comitiva de Spix e Martius pelo Vale do Paraíba. A imagem não está muito nítida mas podemos observar, além das casas na Margem Esquerda, a capela de Bom Jesus no alto da montanha, uma balsa navegando pelo rio e ainda um integrante da referida comitiva, pescando enquanto Ender retratava a bela paisagem. Agradeço ao amigo, historiador e professor Eddy Carlos, o qual me ofertou essa relíquia de pintura da história de nossa cidade.






Estação de Cachoeira Paulista em 1998: ainda com telhados, portas e janelas, mas já abandonada havia anos (Foto Carlos R. Almeida)








Foto tirada na solenidade do tombamento da estação ferroviária de Cachoeira Paulista, em 18 de abril de 1982.



Note seu estado de conservação, a estação ainda possuía os telhados das 3 torres, janelas e portas, e o telhado metálico da área de embarque, que era sustentado por "mãos francesas" de ferro fundido, além dos trilhos ao seu lado esquerdo, que iam em direção ao Embaú, passando antes pelo grande pontilhão metálico. Tudo isto que não existe mais ou foi bastante danificado, deveria estar protegido pelo ato do tombamento, mas infelizmente nem o tempo e muito menos os vândalos, respeitam atitudes burocráticas.


Mas mesmo contra tudo e contra todos, a estação insiste em ficar em pé e sendo assim, ainda há esperança.



HISTÓRICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. 




A ESTAÇÃO: A E. F. Dom Pedro II chegou a Cachoeira em 20/07/1875, abrindo a estação para servir ao terminal navegável do rio Paraíba. Essa primeira estação, construída pela E. F. Dom Pedro II, não era a atual; por pouco tempo, foi uma provisória, próxima ao local da atual, que de 1876 a 1877 recebia de Taubaté uma diligência que trazia os passageiros que desembarcavam nessa estação, na época terminal da linha da E. F. do Norte, e seguiam até Cachoeira. Por sua vez, a E. F. do Norte chegou com seus trilhos de bitola métrica lá em 12/05/1877, mas a inauguração oficial da ligação ferroviária só aconteceu quase dois meses depois. Foi nessa época que o atual prédio da estação foi entregue. Em 8/7/1877, um domingo, dez mil pessoas receberam no Brás a chegada dos 500 passageiros da viagem inaugural Rio-São Paulo, em dois trens e quinze carros, com o Conde D'Eu, representando o Imperador e o Conselheiro Homem de Mello, de Pindamonhangaba.

Eles partiram do Rio às 6:15 da manhã, com festas, discursos, hinos e rojões, festas que se repetiam nas estações do percurso, embora não tenha o comboio parado em nenhuma delas; apenas parou na de Cachoeira, onde foi feita a baldeação por causa da diferença de bitola. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas" de


Monteiro Lobato. Por alguns anos, entre 1944 e 1948, a cidade e a estação se chamaram Valparaíba. Finalmente, o nome se tornou Cachoeira Paulista. O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Com a incorporação da EFN pela EFCB, em 1890, as bitolas foram unificadas dezoito anos depois, época em que a baldeação na estação de Cachoeira 
AO LADO: A discussão sobre o nome da estação e da cidade. modificados em 1944, acabou por gerar a volta ao nome original com o sufixo Paulista em 1949 (Folha da Manhã, 11/3/1949). 

acabou. É, e sempre foi, uma das maiores estações do ramal, sendo difícil de fotografar por estar situada em uma rua estreitíssima que passa à sua frente, paralela aos trilhos. Está, infelizmente, abandonada há anos e sendo aos poucos destruída e saqueada por vândalos. Por outro lado, está tombada pelo CONDEPHAAT. "A 'velha dama' impressiona pelo tamanho. Apesar de sempre passar por ali, a sensação é sempre a mesma, de reverência ante a grandeza e beleza da construção. Pena que, a esta sensação, se junte o sentimento de profunda tristeza pelo estado de total abandono em que ela se encontra. Quanto mais me aproximo dela, mais posso notar os danos causados pelo tempo, pelo descaso e pelo vandalismo. Vinte e um anos após seu tombamento, ela está bem próxima de desaparecer. As janelas, o piso interior, as portas, quase tudo já se foi. Das lindas escadas e do telhado, quase nada resta. Confesso que fico com um nó na garganta. É interessante que nos letreiros da estação o nome Cachoeira Paulista já vai sumindo pelo tempo e já é aparece neles o nome antigo da estação, Valparaiba" (Renato Philippini, 20/10/2003). (Marco Giffoni, 04/2005) "A estação funcionou até a privatização (1996), estive lá algumas vezes em 1996 e ainda havia algumas salas ocupadas pelo pessoal da Rede e outra pela AFAP (Associação dos Ferroviários Aposentados e Pensionistas), mas a maior parte da estação já estava em ruínas como as torres e a parte do meio cujo teto já havia desabado há anos. É como você falou, é muita estação para pouca cidade, além da restauração ser cara o município não teria como arrumar uma finalidade que pudesse compensar o investimento e que tornasse o prédio auto-sustentável como ocorre na Luz ou na Júlio Prestes. No século final do século XIX a estação abrigava além da ferrovia, a agência de correios e a câmara municipal que teve o prédio como sua primeira sede" (Marco Giffoni, 11/2006).
 — em Cachoeira Paulista - SP


História Oficial de Cachoeira Paulista Site Prefeitura




HISTÓRIA


Cachoeira Paulista. Bandeirantes, Tropeiro e Fé.

Cachoeira Paulista é um município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, no interior do estado de São Paulo, na microrregião de Guaratinguetá. Localiza-se a uma latitude 22º39’54” sul e a uma longitude 45º00’34” oeste, estando a uma altitude de 521 metros. Sua população estimada em 2010 era de 30.091 habitantes. Possui uma área de 287,990 km². A densidade demográfica é de 104,49 hab/km².
Tem como cidades limítrofes Cruzeiro a norte, Silveiras a leste, Lorena a Sul e Oeste e Canas a Sudoeste.

Histórico
Documentos de 1730 citam um povoamento pertencente à Vila de Lorena, denominado Arraial do Porto da Caxoeira, cujo marco inicial do primitivo núcleo foi uma pequena ermida erigida por devotos em homenagem ao Senhor Bom Jesus da Cana Verde, no ano de 1780. Manoel da Silva Caldas e sua esposa, Ângela Maria de Jesus, em 18 de Outubro de 1784 doaram “duzentas braças de testada e meia légua em direção aos sertões situados na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, até as divisas com o Embaú”, para o patrimônio da nova Capela do Bom Jesus da Cana Verde, erigida em suas terras por Sebastiana de Tal, constituindo de fato o arraial e permitindo assim a expansão do vilarejo ali instalado.
As primeiras edificações instaladas consistiam em choupanas de sertanejos, na sua maioria pescadores, que tiravam seu sustento do Rio Paraíba. A primeira rua de Cachoeira, foi a Rua “Bom Jesus”, que na época partia da capela e avançava até a rota por onde passavam os tropeiros que se dirigiam a Minas Gerais. No ano de 1822, nos dias que antecederam a Proclamação da Independência, o Príncipe Regente, Dom Pedro I, passou pela então Freguesia de Santo Antônio da Cachoeira, fazendo parada em 18 de agosto daquele ano.
Um dos momentos históricos mais significativos da cidade ocorreu em 1932, durante a Revolução Constitucionalista. Durante esse período, o município transformou-se em uma praça de guerra, tornando-se o Quartel General do Movimento Constitucionalista.

Toponímia

A origem do nome Cachoeira Paulista deve-se ao fato de o Rio Paraíba ter algumas corredeiras após o pontilhão de Ferro da MRS Logística (antiga Estrada de Ferro Central do Brasil). Antes de se chamar Cachoeira Paulista, a cidade teve 7 nomes diferentes: Porto da Caxoeira, Arraial do Porto da Cachoeira, Porto da Cachoeira, Arraial porto da Cachoeira de santo Antônio, Freguesia de Santo Antonio da Cachoeira, Vila de Santo Antonio da Bocaina, Vila de Santo Antônio da Cachoeira, Vila da Bocaina, Bocaina, Cachoeira, Valparaíba.

Estação de Cachoeira Paulista


Estação Ferroviária de Cachoeira Paulista
A cidade de Cachoeira Paulista, no interior do Estado de São Paulo, abriga aquela que foi considerada uma das mais magníficas construções ferroviárias da história deste país.
Inaugurada em 1875, a Estação Ferroviária de Cachoeira Paulista marcava o ponto de encontro entre dois importantes ramais ferroviários do Brasil: a Estrada de Ferro do Norte (também conhecida como Estrada de Ferro São Paulo – Rio) e a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que vinha desde a cidade do Rio de Janeiro. Embora, atualmente encontre-se completamente abandonada, a Estação de Cachoeira Paulista ainda exibe traços da bela arquitetura empreendida na época de sua construção.

Religião

Cachoeira Paulista também se destaca por ser sede da Comunidade Canção Nova (comunidade Católica Romana) fundada pelo Monsenhor Jonas Abib e companheiros em 1978.
Hoje há uma grande estrutura com dois centros de eventos e missas (chamados de “Rincão do Meu Senhor“), salas de confissão, capela do santíssimo sacramento, televisão, rádio etc.
Hosana, Brasil” é uma grande festa realizada pela comunidade Canção Nova em meados do mês de dezembro, com missas, palestras, e shows. A cidade fica com seus hotéis e pousadas praticamente lotados durante o período da festa.
A sede da Canção Nova também apresenta um grande estúdio de TV, onde são gravados os programas exibidos pela emissora pertencente a esta instituição.
O Cristianismo é predominante em Cachoeira Paulista; a cidade é bem dividida entre Evangélicos e Católicos.
A cidade possuí diversas Igrejas Evangélicas. Algumas das mais tradicionais da cidade são: Igreja Presbiteriana Renovada, Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Metodista, Igreja Congregacional, dentre outras igrejas.
A Igreja Católica Apostólica Romana e Renovação Carismática possuem na cidade, além da Canção Nova, diversas paróquias espalhadas pela cidade, algumas tão antigas quanto a cidade.

Ciência e Tecnologia

Na cidade de Cachoeira Paulista está localizada uma das sedes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, dentro do qual está situado o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC – INPE). Neste local está instalado o supercomputador mais potente de todo o hemisfério sul do planeta.

Geografia

O município de Cachoeira Paulista está localizada no fundo do Vale do Paraíba, aos pés da Serra da Mantiqueira. A partir da área central da cidade é possível visualizar diversos cumes dessa formação, dentre os quais destacam-se o Pico dos Marins (com altitude de 2.420 metros) e a Pedra da Mina (altitude de 2.798).
A proximidade com a serra faz com que o clima do município seja bastante instável, com temperaturas podendo cair rapidamente em algumas noites durante o outono e inverno em função das brisas de montanha que ali atuam, carregando o ar gelado dos topos mais elevados até a porção mais baixa do vale.


Fotos: Sérgio S Barreiros

Para encontrar mais fotos antigas da cidade Acesse: https://www.facebook.com/groups/cachoeirapaulistaantiga/https://www.facebook.com/groups/cachoeirapaulistaantiga/

Homenagem a ilustre moradora de nosso município, "MARIA LATA D'ÁGUA".
Maria Mercedes Duarte, conhecida como "Maria Lata D'água", um dos ícones do carnaval carioca e passista de "Escola de Samba" .
Maria nasceu em Diamantina-MG em 1933, aos 12 anos de idade foi com sua mãe morar no Rio de Janeiro.
Trabalhava em um circo em Nova Iguaçu e durante uma apresentação na qual sambava com uma lata d’água na cabeça, foi convidada para se apresentar na televisão, no Programa da Chacrinha.
Em 1952, Maria Mercedes foi homenageada por Jota Júnior e Luís Antônio, com a marchinha carnavalesca "Lata d’água na cabeça", grande sucesso do carnaval.
Maria Mercedes morou por muitos anos na Europa, e sempre vinha ao Brasil para os desfiles de carnaval no Rio de Janeiro. Em 1980 casou-se com um suíço, seu grande amor.
Despediu-se da passarela em 1991.
No ano de 2012, o programa “Fantástico”, da Rede Globo de televisão, fez uma reportagem sobre ela, a qual foi entrevistada por Mauricio Kubrusly.
Hoje mora em Cachoeira Paulista e é missionária da comunidade "Canção Nova".
Foto- Joaquim Cardoso.


Cachoeira Paulista-SP - Valparaiba - Asilo Nossa Senhora de Fátima - Santa Casa (1944) Foto-postal

Sr. Negrinho Benedicto REstanislau Rodrigues Alves, foi provedor da Santa Casa por mais de 50 anos





Drone sobrevoa a Cidade de Cachoeira Paulista





 Drone parte II, sobrevoa nossa cidade, Cachoeira Paulista.

Cachoeira Paulista é um município brasileiro do Estado de São Paulo, muito próximo a Serra da Mantiqueira, na microrregião de Guaratinguetá, e faz parte do Vale do Paraíba. Recebeu este nome pelo fato de o Rio Paraíba ter algumas corredeiras após o pontilhão da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil. A cidade se tornou o quartel general da Revolução Constitucionalista de 1932. Atualmente, faz parte da Estrada Real, do Circuito Turístico Religioso e do Roteiro da Fé.



Nenhum comentário:

Postar um comentário