domingo, 14 de janeiro de 2018

História de Cachoeira Paulista

Cachoeira Paulista 09 de Março de 1880

Aparecimento: 1739
Fundação: 1780
Emancipação Política : 09/03/1880

Digitação documento : Ericka Vanessa

Segundo a maioria dos historiadores que pesquisaram a história do Vale do  Paraíba, confirmam que, Mén de Sá providenciou uma caravana comandada por Brás Cubas mais o mineiro Luis Martins para busca do ouro nas redondezas das Minas Gerais, a pedido da Corte.
Saíram de São Paulo e rumaram para os sertões verdejantes deste imenso Vale, rasgando matas e navegando pelo Rio Surubís (nome denominado pelos índios do Rio Paraíba do Sul). Navegaram meses até ao encontro de uma grande represa, cujo caminho navegável termina....
Ao encontro desta cachoeira, Brás Cubas denominou o lugar de Porto da Cachoeira, para analisar em seu mapa de viagem.
Descansaram alguns dias nas margens deste caudaloso rio, rumando para as bandas da Serra da Mantiqueira, avistando uma garganta no lugar á sua direita.
EMBAÚ é hoje um Distrito de Cachoeira Paulista
Brás Cubas, após seguir 2 léguas, toparam com uma grande aldeia de índios, num lugar que denominavam-se “UVAU” ou HUMBAHÚ ou EMBAHÚ...Ali foi dado um descanso para arrumarem suas bagagens, a fim de subirem a serra, deixando, também, algumas famílias para o plantio de verduras, cereais, a fim de que tivessem comida na volta. Com este fato de ficarem as famílias, foi então iniciado o primeiro povoado do Embahú, juntamente com índios que alí já moravam, isto em 1560.
Mais tarde outros portugueses rumaram de Angra dos reis, subindo pela Serra do Mar, alcançando já  o fundo do Vale, nascente do Rio Piraí, serra da Bocaina, penetraram pelo Itagaçaba e alcançaram um povoado com bastante casas de pau á pique e palha no local denominado já, Embahú. A meta era a mesma buscar ouro para a Corte.
Todos os aventureiros não se importavam com as aldeias de índios. Só queriam mesmo o caminho das Minas Gerais.
Os índios que predominavam nesta região eram os Purís.
O Porto da Cachoeira é o fim da navegação fluvial do Rio Paraíba do Sul.
João Ramalho também chega ao Porto da Cachoeira e, 1562.
João Pereira Botafogo,aporta em Cachoeira em 1596, com uma grande expedição.
Domingos Rodrigues veio em 1597.
Em 1700, é ergida no povoado do Embahú, uma capela no alto do morro que batizaram-na de Nossa Senhora da Conceição pelos seus devotos.
Em 1704, Jacques Felix e Felix Guizard ambos da Vila de Taubaté, também adentraram o sertão do Vale, rumo as Minas Gerais passando pelo Porto do Guaipacaré (Lorena) e pararam no Porto da Cachoeira, tomando o caminho do Embahú, via Minas.

Porto da Cachoeira
Em Abril de 1739, já se conhecia um arraial com o nome de Porto da Caxoeira com “X” e não com “ch”. Sabia-se que era o Caminho do Porto da Cachoeira ou Caxoeira do Rio das Minhocas, ou caminho de Cachoeira do Embahú ou mesmo Caxoeira caminho dos Silveiras.... todos antes nomes, como distrito da Vila de Lorena.
Mais conhecido era como o Arraial do Porto da Caxoeira..., em 1739.
Aqui se misturavam índios nas duas margens do Rio Paraíba do Sul. Portugueses foragidos, tropeiros abandonados e sem rumo, misturando-se com os índios, fazendo suas palhoças para moradia.
Conforme ensina Manuel Eufrásio de Azevedo Marques, um grande historiador do Vale, Caxoeira originou-se mesmo de uma pequena capela originada num morro Alto da Margem Esquerda, por Sebastiana de Tal, junto com outros devotos de São Bom Jesus da Cana Verde, antes de 1780.
Foi mais ou menos no local onde se achava o terreno de Umbanda do senhor Ditinho, entre as ruas São Benedito e a Travessa Campos Sales, mais ou menos nesta região.
Em 1780 na área da segunda Esquadra da Companhia de Ordenação do Caminho da Piedade, Manuel da Silva Caldas, possuidor de vasta região de terras na Margem Esquerda, (de Canas até além do morro Comuna), colheu 100 barris de aguardente, criou dois cavalos baios, cinquenta bovinos, cinquenta e quatro porcos.
Neste mesmo ano havia em nosso povoado 27 fogos (casas) e 209 moradores estabelecidos com suas famílias, cujos nomes foram:
Cabo Gonçalves José Angelo Pinto, Germano Pedroso, Quitéria Maria, Ignácio Pedroso Cruz, Ignácio José, Luis de Sousa, Manuel da Costa Colaço, Gaspar Domingos, Pedro da Costa, Caetano José, Francisca Maria, José Alves da Costa, Manuel Ferreira, Bento da Costa, João Ribeiro de Camargo, Maria Nunes Barbosa, Bento José dos Santos, Francisco Jorge Torres, José Machado Togardo, Paulo Coutinho, Pedro Silveira, Nicolau da Costa Gomes, Manuel da Silva Caldas e Luiz Gomes da Silva.
A Nova Igreja do Bom Jesus
Em 18 de Outubro de 1784, Manuel da Silva Caldas, e sua mulher Angela Maria de Jesus, por escritura passada no Cartório do Tabelião da Vila de Guaratinguetá, doaram definitivamente para o Patrimônio da nova Capela, 200 braças de terra e mais meia légua dos sertões a margem esquerda do Rio Paraíba do Sul até o encontro das divisas com o Povoado do Embahú, para a construção da nova Capela de São Bom Jesus da Cana Verde, no mesmo local onde se acha instalada a Igreja do Senhor do Bom Jesus.
Sua construção iniciou-se somente em 1785, de pau á pique e modesta. Provisão do Bispo de São Paulo Dom Manuel da Ressureição, sendo a primeira benção dada pelo Padre Manuel Francisco Lescura Bauher, em 06/08/1786.
No mesmo ano de 1786, quando se iniciava a reconstrução da primeira capela lá no alto do morro, um escravo enforcou-se num andaime. Em vista deste fato, os operários, supersticiosos como eram, não mais voltaram á reforma, ficando   a mesma ao abandono com suas ruínas a vista até aos poucos anos atrás. Por este motivo que a nova foi construída em outro lugar.
Novos Caminhos Rodoviários
Em 1800 dá início na Corte, por ordem do Imperador, a Estrada Imperial partindo de Angra dos Reis, rasgando matas da Serra da Bocaina e do Mar, passando por Bananal, nascente do Rio Piraí, entrando pelos sertões do fundo do Vale, alcançando o Porto da Cachoeira, rumo a Vila Vicentina ( São Paulo).
Este caminho da Estrada Imperial, depois Estrada Rio São Paulo, junto da Dutra para o fundo do Vale do Paraíba com o nome de Estrada dos Tropeiros (Homenagem aos valorosos homens que iniciaram nossas aldeias de antenho), penetrava em Cachoeira pela  Fazenda Senhor Antonio Vieira Filho, bairro do São João (antiga Lagoa Seca), penetrava pelo local conhecido por Morro Vermelho, hoje Rua  Antonio Santana Galvão Freire Pinto, atravessava a Sarah Kubistchek, Rua José da Silveira Mendes, Rua Sete de Setembro, Deocleciano da Silva Azevedo, Orris Benedito Barbosa, bairro das Palmeiras, Olaria do Lara, para Canas e daí até São Paulo.
No local onde atravessava a Av. Sarah Kubistchek havia um grande bananal com um rancho de mudas de cavalos. No ano da Independência do Brasil, passa por aqui D. Pedro I , parando, descansando e trocando seus cavalos já cansados das caminhadas que há dias vinham da Corte. Com o decorrer dos tempos esta estrada muda de rumo. Em vez, de entrar pelo Morro Vermelho que antes fora citado, continua pela Rua Maestro Lorena, Rua Sete de Setembro e daí em diante entrando pela Rua Cel. Deocleciano Azevedo segue o mesmo caminho de antes.
PITÉU
Há um alenda antiga sobre o bairro do Pitéu. Verdade, ou não, aí vai: Desde 1823, quando passavam os tropeiros pela Estrada Imperial, paravam num Rancho de Tropeiros e de mudas de animais , onde localiza-se hoje o DER, as margens do Rio do Pitéu. Fazia-se comidas, cuja fama levavam além das fronteiras e assim ficou conhecida estas paragens possuir um bom pitéu... Como dizem que a voz do povo é a voz de Deus, o local assim ficou conhecido até os dias atuais.
JATAHY
Jataí é hoje um bairro de Cachoeira Paulista. Já foi vila independente, teve sua Comarca, sua Delegacia e sua vida própria...
Devido a expansão dos caminhos abertos, para solucionar a passagem do ouro e mais tarde para o gado, de Guaratinguetá até Angra dos Reis, muitos aventureiros aproveitaram-se para possuir terras.
Por volta de 1850 apareceu nestas bandas, nas margens do Rio Jatahy um Padre João Graciano de Faria que, gostando do lugar e da vista que descortinava-se naqueles morros, juntamente com algumas famílias que vieram junto, ergueu  ali mesmo uma Capela tosca, sendo ele o Pároco, ganhou logo o título de Freguesia, em data de 04/04/1854 também elevado á Paroquia.
A Capela recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade com uma imagem e tamanho natural, do tipo da famosa “PIETÁ”, de madeira de lei e tinha o filho morto aos seus braços. Em 1967 esta imagem foi roubada, ignorando-se até hoje seu paradeiro.
Jatahy teve seus 15 vigários, o seu progresso foi rápido, época do café muitos tropeiros aqui passavam e bons negócios se faziam nestas paragens.
Sua independência da Vila de Lorena deu-se á 02/04/1887 da sua emancipação politica, trinta anos após elevado a Freguesia.
Teve sua comarca e sua representação na Vila Vicentina e na Corte.
Em 23/02/1889 é que foi instalada a nova Comarca Municipal de Jatahy sendo seu primeiro Presidente o Vereador José Lopes de Araújo.
Santa Cabeça
Alguns pescadores encontraram no Rio Tietê, lá pelos anos de 1825, uma cabeça de uma santa. Seus devotos doaram á um negociante de animais que vinha do Rio Grande do Sul para Comarca do Rio de Janeiro, José Coreia , parando pelo bairro do Paiol em Silveiras, presenteou á senhorita Joanna de Oliveira. Joanna mudando-se para o bairro de Jatahy, lá depositou em um Oratório, que foi muito bem recebida pelos moradores e devotos, dizendo ser milagrosa.
Aconselhada pelo vigário da Paróquia de Jathay, Padre João Graciano de Faria, deu-se inicio a construção de uma pequena capela para a Santa Cabeça, muito tosca, porém modesta e limpa.
Mais tarde construíram uma igreja de tijolos, e telhas, no mesmo local onde nos dias atuais e com uma torre.
Esta construção iniciou-se na data de 25/03/1926 com o lançamento da pedra fundamental com a presença de autoridades locais, de cidades vizinhas, do estado com o prefeito da cidade Jesuíno Nunes Ribeiro, Arsênio Ferreira Presidente da Câmara, o vigário da Paróquia de Cachoeira, que a construiu Padre José Soares . Sua inauguração deu-se á 26/09/1928, com o mesmo nome de Santa Cabeça, cujas as autoridades, o novo Prefeito de Jatahy como presentes Sr. João das Chagas, sendo Delegado de Polícia e novo conterrâneo Sr. Arsênio Ferreira.
Em 1934 deixou de ser munícipio, passando a Distrito de Cachoeira Paulista devido a sua decadência, também em consequência das Vias Férreas bem afastadas que foi destas margens.
Hoje encontramos nestes lugares os bairros: Sapé, Jataí e Santa Cabeça, onde continua sua romaria sempre no segundo domingo de Dezembro.
Santo Antônio
Lá pelos anos de 1862 ergueu-se no alto do morro da margem direita, afastado da Vila, uma Erminda, de pau á pique e barro, tosca e bastante frequentada.
Seu primeiro batismo foi em 1865, somente em 02/09/1867 é que recebeu esta Ermínda, a elevação para Capela de Santo Antônio.
Em 1869 demoliram-na, sendo construída uma nova postura maravilhosa. Seu primeiro Padre foi Antônio Caetano Ribeiro.
São Sebastião
Ao lado do largo da Cadeia no mesmo lugar onde se vê a nova igreja, esquina da Rua São Sebastião com a Rua Cel. Dominiciano foi erguida a Capela de São Sebastião, num local ainda afastado da Vila, pelos seus devotos, em 20 de Janeiro de 1870.
Mais tarde esta capela foi renovada com tijolos e telhas e recebeu um pequeno sino e uma imagem maior.
Em 25/04/1951, demoliram-na e em seu lugar construíram uma igreja grande, novinha, cujo templo lá está resplandecendo a Ressureição, pintada pelo saudoso Nelson Lorena.
Seu primeiro vigário foi o Monsenhor Dagoberto Palmeiro d’Azevedo. Hoje é 2ª Matriz da 2ª Paróquia.
Estradas de Ferro
Desde 1862 que as leis provinciais de São Paulo vinham favorecendo os estudos para a exploração e construção de uma Estrada de Ferro no Vale do Paraíba com o projeto de chegar á Corte.
Somente em 1871 é que consolidou-se  a ideia de sua construção.
Em 02/03/1872 a Companhia São Paulo / Rio de Janeiro ganhou conseção para uma construção.
Somente em 07/07/1877 é que os trilhos da via férrea chegaram á Santo Antônio do Porto da Cachoeira, perfazendo um percurso de 231 km em bitola estreita, cujo custo ficou em 10.665.000.000 ( Dez mil seiscentos e sessenta e cinco contos de reis), levando cinco anos na construção.
Em 1875, lá no Rio de Janeiro, por ordem do Imperador, iniciava a construção de uma estrada de ferro que tomou o nome de D. Pedro II, terminando sua construção, também na Vila de Santo Antônio do Porto de Cachoeira, num lugar á Margem Esquerda da cidade na Comuna. Em 1877 o nome de Comuna originou-se pela concentração de escravos libertos, reunidos nesse local vivendo a revelia.
Freguesia
O Arraial de Santo Antônio do Porto da Cachoeira foi elevado a Freguesia em 29 de março de 1875, pela lei nº 37, tomando o nome de Freguesia de Santo Antônio do Porto da Cachoeira.
A Estrada de Ferro da Central do Brasil foi construída em Janeiro de 1876 pelo Engenheiro Dr. Newton Benaton, inaugurada em julho de 1877 com três torres e duas imensas plataformas para melhor acolher os produtos da região, que não eram poucos, vindos das Minas Gerais e outros.
Custou ao Governo de São Paulo 300.000.000 (trezentos contos de reis).
Os passageiros atravessavam usavam balsas iam para a Estação e lá pernoitavam em seus luxuosos dormitórios, faziam seu repasto no restaurante local.
No pátio de entrada da estação encontrava-se alguns quiosques (barracas sextavadas), que vendiam lanches, refrescos, aos menos afortunados.
Na chegada de trens na Estação, era motivo de festa para o povo. Corriam á espera de trens, em traje de gala, damas  com seus vestidos de renda, homens com cartolas e seus busiguins envernizados, escravos a prumo e muitas carruagens de luxo. Era mesmo um motivo para se mostrar do que tinham do bom e do gosto da época.
Princesa Isabel
Do lado da Comuna, da Estrada de Ferro D.Pedro II, chegava uma grande comitiva imperial, chefiada pela Imperatriz, sua Alteza a Princesa Isabel em 08/07/1877, junto com seu marido Conde D’EU, e muitos convidados, fidalgos da Corte para Inaugurar as duas Vias Férreas. A recepção foi uma beleza ímpar.Muitas autoridades do Vale do Paraíba, de SP, de MG, a elite toda aprumada, na época dos espartilhos e das cartolas com fraque e relógios de ouro nos coletes de seda.
Fogos, bandas de música com uma gritaria da população para ver a princesa.
Para ir á São Paulo foi preciso duas composições, pois os fidalgos eram muitos.
Balsas
Para que os passageiros pudessem ir da margem esquerda Comuna, para a Estação de São Paulo / Rio, era necessário a passagem pelas balsas ficavam a lado da estação.
Dois portugueses que aqui se estabeleceram, montaram este meio de transporte, ganharam muito dinheiro e aqui fizeram a fortuna e família. Gostaram muito do nome de PORTO, adotando-o para ser seu nome, foram os senhores José Porto que mais tarde tornaram-se grandes fazendeiros, respeitados na cidade e construíram famílias tradicionais  cachoeirenses.
O Carnaval de 1879 em Cachoeira, já era quente nas ruas e grandes bailes eram realizados na cidade. Muitas máscaras, lança-perfume, cordões de rua, animados, muita pêndega, porém, tudo dentro de um respeito ímpar entre os dois sexos. Bons tempos aqueles....
Emancipação
Santo Antônio de Cahoeira prosperava de vento em popa. Seus políticos e o povo em geral, esperavam logo sua independência.
Foi assim em 09 de Março de 1880, pela Lei nº 5 a cidade foi elevada a Vila de Santo Antônio da Bocaina, separando-se da Vila de Lorena, recebendo sua Emancipação Politica, com muitas representações de Guaratinguetá, Lorena, São Paulo e da Realeza.
Em 08/01/1883 instala-se a 1ª Comarca Municipal, no Torreão da Estação.
Os primeiros vereadores foram : José Frutuoso Ferreira, João Jacintho de Aguiar Borges, Tenente Caldino Rodrigues, Perreira C. e Miguel Rangel dos Santos, os senhores Joaquim dos Santos Pinto Junior, Tenente J. José da Motta e Saturnino de Seixas, sendo Presidente da Câmara Tenente Rodrigues Pinto.
Nesta época havia em Cachoeira uma fábrica de cervejas, uma de sabão, duas de telhas e tijolos, uma oficina de serralheiro, ferreiros e laticínio, dois relojoeiros, três padarias, quatro hotéis, três quiosques, duas farmácias, um bilhar, um açougue, dois cabelereiros, dois dentistas, seis lojas de fazenda e armarinhos, dezessete casas de secos e molhados, três seminários com uma triagem de 1200 exemplares direção de Saturnino Seixas e a Gazeta da Bocaina dirigida por Pedro Teixeira.
Neste mesmo ano foi criado o primeiro teatro, que foi palco de grandes peças famosas. Suas primeira localização foi no antigo casarão saudoso Sr. José de Oliveira Gomes, antes o grande armazém dos irmãos Porto.
O teatro da margem direita localizado na Rua Marechal Deodoro teve com seu primeiro nome Teatro Santo Antonio, iniciando sua construção em 1885. Seus fundadores foram Luiz Fellipe de França, Antônio José da Costa Junior, João Jacintho de Aguiar e José Joaquim Gonçalves que angariaram ações de Dez Mil Reis cada a fim de conseguirem Quinhentos Mil Reis.
Não concluíram a construção, do teatro em 15/04/1885 como fora previsto, ficando abandonado por 10 anos. Somente em 28/09/1895 é que a construção foi realizada pela Câmara Municipal.
Por volta do ano 1890 havia um largo enorme no centro da cidade, conhecido como Largo da Cadela, de onde estava localizada a Capela São Sebastião tinha também um chafariz de ferro e achava-se também o prédio do Fórum, Câmara, Cadeia Pública, hoje Praça Prado Filho. Neste largo aramava-se circos, quermesses em beneficio á Santa Casa, parques de diversões e outras atrações.
Em 27/03/1890 foi criado o termo “Bocaina” pela Vila de Lorena, e sancionado pelo Decreto nº 27 pelo Presidente do Estado de São Paulo Dr. Prudente de Moraes, de Vila de Santo Antônio da Bocaina.
Em 25/05/1890, com a criação do Fórum da Bocaina, foi anexado o município de Cruzeiro. Seu primeiro Juiz foi Dr. José Ignácio de Macedo.
Em 20/08/1890 o Governo Republicano Provisório autorizou o resgate da Via Férrea de São Paulo á santo Antônio da Bocaina da Cachoeira em bitola larga. Incorporando-a Estrada de Ferro Central do Brasil E.F.C.B. com a bitola de 1,60 m, este trabalho demorou 02 anos.
Em 25/08/1892 pela Lei nº 80, a Vila da Bocaina foi elevada a Comarca, desligando – se de Lorena, cuja instalação deu-se em 12/10/1893.
Em 15/05/1893 foi construído o Pontilhão de Ferro da Via Férrea. O serviço e construção deste pontilhão foi executado pelo Engenheiro Dr. Newton Beneton um inglês que aqui ficou e gostou de Cachoeira e criou família.
O engenheiro casou-se e foi residir numa fazenda ( que hoje pertence ao Luiz de Campos Alves). Foi o pai do Tenente Newton, um dos 18 do Forte de Copacabana e também avô do João Batista do Prado, o Tenente que, na revolução de 1932, numa atitude heroica e humana, atirou-se sobre uma granada estraçalhando-se todo para não ferir seus comandados.
Com a implantação das Estradas de Ferro no Vale do paraíba, deu-se a queda do progresso de muitas cidades onde não a possuía, terminando com os tropeiros no interior, preferindo todos os transportes ferroviários.
Caiu o movimento da Vila do Embaú de Jataí, Silveiras e outras cidades do interior, dando margem para um rápido progresso de Cruzeiro, antes povoado da Estação.
O termo de Cidade só fico dado em 15/05/1895 pela Lei nº 14, recebido definitivamente o nome de Cachoeira.
Os intendentes de Cachoeira tiveram função desde 1892 até 17/01/1908, quando receberam o nome de Prefeito.
Foram intendentes: Capitão José Joaquim Gonçalves, Coronel Domiciano Rodrigues Pinto, Manuel do Nascimento e Silva e o Sr. Virgílio Neves.
Quando os intendentes foram extintos, passou a governar o Presidente da Câmara. Por este motivo Coronel Domiciano ficou no gverno da cidade por muitos anos.
O coronel foi o pai do Dr. Evangelista Rodrigues e casado com a senhora Emeliana Rodrigues Pinto. Toda a evolução de Cachoeira, como distrito, freguesia, vila e comarca muito devemos á este homem, o Coronel Domiciano.
Rancho dos Tropeiros
As tropas de burros que vinham da Serra da Bocaina, Silveiras, etc...alojavam-se no Rancho dos Tropeiros em Cachoeira, onde era localizado os fundos do antigo Supermercado Galvão, onde era antiga Venda do Silvino. Faziam o comércio de troca de mercadorias, vendas, antigo sistema que se processava.
Ficavam dias acampados, comiam em cuias (fruto da serra criado pelos índios na mata virgem, que cortavam em duas metades e virava vasilhames). Cozinhavam em fogo cujas panelas de ferro, punham-nas em tripés de madeira, penduradas em correntes. Mais tarde, a Prefeitura transferiu estes tropeiros para o alto da Boa Vista, nas imediações do DNER. Estes tropeiros ficaram neste comércio por muitos anos 1830 até 1940, mais ou menos.
1º Grupo Escolar
em 19/02/1913 deu-se a Fundação da Primeira Escola Estadual do Grupo Escolar “ Dr. Evangelista Rodrigues”. Quando prefeito de Cachoeira o Dr. João Evangelista Pinto lutou para a criação deste estabelecimento de ensino com seu trabalho junto ao Governo Estadual, quando Presidente do Estado de São Paulo o Conselheiro Rodrigues Alves e o secretario de interior Dr. Arthur Arantes.
Sua instalação foi em 06/03 do mesmo ano, pelo inspetor Escolar Prof. Mauricio Camargo. O primeiro diretor foi o professor Raphael Santana.
Em 29/10/1915 Cachoeira foi elevada a Distrito de Paz do Munícipio e Comarca de Bocaina.
Santa Cabeça
Em 1918 a Santa Cabeça só recebia doentes de epidemia que atacava a cidade.
Só em 11/02/1919 que iniciou-se suas funções de atendimento ao povo cachoeirense. Era dirigida pela dona Lindoya Rocha, e senhor José de Oliveira nomes e os médicos foram os doutores Lourival Feijó e Nilton Pina.
Casas da Turma
Com a implantação do Pontilhão de Ferro unindo as duas ferrovias, a direção da Central do Brasil, anos mais tarde conseguiu uma casa de madeira ao lado dos trilhos da Central, para acomodar os trabalhadores da conservação das linhas, que ficaram conhecidas como Casa da Turma. Mais tarde, a apelidaram de Pé Preto devido a quantidade de fuligem das máquinas que ali derramavam.
Anos depois a trilha da Central do Brasil transferiu-se para outras bandas e desativou este pontilhão de utilidade da via férrea. A Prefeitura, recebeu de presente da Central do Brasil e criou novo bairro no antigo Pé Preto, transformando o Pontilhão numa rua transversal e ficou então como bairro de santa Terezinha.
Em 1920 é colocado o Relógio na Torre da Igreja Matriz de Santo Antônio.
Em 1928 é instalado em Cachoeira o Departamento de Estrada de Rodagem – DER no bairro do Pitéu foi na Estrada Rio / SP hoje Rua Orris Benedito Barbosa.
Seu primeiro Engenheiro foi Dr.João Fonseca de Camargo e Silva. O DER construiu a estradas Bocaina, das Pitas e do Palmital.
Em 1932 estoura a Revolução Constitucionalista, no final desta tragédia os federais avançavam em nossa cidade, dando margem ao povo fazer uma retirada para outras cidades, deixando aqui suas casas ao abandonado, ao bel prazer dos saques promovidos pelas tropas famintas.
Antes da entrada das tropas federais em Cachoeira, quase que o Pontilhão de Ferro ia pelos ares.
Graças a mão salvadora do nosso herói anônimo que cortou na madrugada silenciosa, os fios da dinamite. Este herói, fiquei sabendo no dias de hoje chamar-se João Anannias, um humilde trabalhador da Estação.
Nas horas vagas fabricava sabão para sustentar sua família, pois o que ganhava na Estrada era um minguado salário.
João Anannias é o nosso herói da Revolução de 1932. Bem que podia ter uma rua na cidade com seu nome.
No Dia Sete de Setembro é inaugurada a Praça Prado Filho, no antigo Largo da Cadeia, vendo-se ainda a majestosa Capela de São Sebastião, colocado do Soldado Desconhecido, obra esta esculpida pelo nosso saudoso artista, escritor e poeta NELSON LORENA .
Neste dia estiveram presentes, além de muitas autoridades da redondeza, o General Izidoro Dias Lopes, herói da Revolução de 32.
Em 1937 é criado em Cachoeira o Departamento Nacional de Estrada de Rodagem DNER. Só foi instalado em 1946, como 8º Distrito. Seu primeiro Engenheiro residente foi Dr. Waldemar U. de Oliveira
As obras do DNER foram : Via Dutra, de sua duplicação, Trevo da entrada da cidade, asfalto na Rua Antonio Sacilotti Filho no Alto da Boa Vista, Construção de um Conjunto Residencial para trabalhadores do próprio DNER e outros.
Ponte do Paraíba
Esta ponte liga Cachoeira á cidade de Cruzeiro, que muito serviu á Estrada de Rodagem destas duas cidades irmãs, não teve a mesma sorte o Pontilhão de Ferro. Foi dinamitado somente pelas forças revolucionárias em sua retirada. Isto aconteceu em 14.09.1932, ficando por mais de dois anos tombado dentro do Rio Paraíba. Um crime irreparável!
Somente em 18.11.1934 que recebeu a Reforma completa cuja  inauguração fizeram-se na presença do Governador do Estado de São Paulo , o Interventor Armando Salles de Oliveira.
Valparaíba
Os Cachoeirenses em 30.11.1944 receberam a triste noticia da mudança do nome da cidade, imposta pelo Decreto Federal número 14334, assinado pelo Presidente da República Dr. Getúlio D. Vargas, em obediência ás exigências do Instituto Geográfico Federal, para o nome de Valparaíba.

Escola Normal Estadual “ SEVERINO MOREIRA BARBOSA” CENE – SEB

Seu inicio deu-se em 1945, na Margem Esquerda, funcionando apenas o curso ginasial com o nome de Ginásio Valparaíba. Seu primeiro diretor foi o professor Antônio Valverde de Machado.
Em 1957, pela Lei 1817 de 05.03 o Estabelecimento foi incorporado á rede de ensino oficial do estado.
Em 1964, pela Lei 8382, de 28 de outubro, o Ginásio foi elevado a categoria de Colégio, recebendo então o nome de “Severino Moreira Barbosa”.
Severino Moreira Barbosa era português da cidade do Porto e chegou ao Brasil em 21.11.1890, transferiu-se para Cachoeira em 1892 como atacadista. Foi vereador, prefeito durante oito anos e Presidente da Câmara por quatro anos. Seus vencimentos como servidor público nunca os recebia para si.
Dava-os ás Instituições Filantrópicas da cidade. Após a integração para a rede do ensino foi o saudoso professor Sebastião Bittencourt como diretor.
Nosso Nome da Cidade
Em 24.12.1946, por um trabalho do Professor Agostinho Vicente de Freitas Ramos, consegue, pela lei nº 233, a volta do nosso nome da cidade, porém para Cachoeira Paulista.
Grupo Escolar Maria Isabel Fontoura
Sua criação foi em 26.11.1947 com o nome de Grupo Escolar do bairro do Embaú. Em 27.03.1962, passa a denominar-se Grupo escolar Maria Isabel Fontoura. Sua instalação foi á 01.01.1962, seu primeiro diretor foi professora Arlete Fidalgo de Oliveira Salto.
Grupo Escolar Paulo Virgínio
Criado em 30.12.1947 e instalado á 01.01.1948, funcionando no edifício do Ginásio Valparaíba, sendo mais tarde Colégio Delta.
Em 21/06/1962 inaugurou-se o suntuoso prédio, localizado no Largo Bom Jesus, na Margem Esquerda com a presença do representante do Governo do Estado Dr. Carvalho Pinto. Seu primeiro diretor foi o Prof.º Adalberto Pereira Souza. Seu nome recebeu – Grupo Escolar “PAULO VIRGÍNIO” e Ginásio Estadual José da Silveira Mendes.
Grupo Escolar Domingos Paula e Silva
Criado em 23/02/10951 e instalado em 13/03/1951 no Bairro do Quilombo. Seu inicio foi em dois prédios alugados pela Prefeitura. Hoje já em prédio próprio. Seu primeiro Diretor foi a Prof.ª Maria de Lourdes Gomes Ramos.
Grupo Escolar “Padre Juca”
Criado em 05/09/1057 e instalado em 01/04/1957 em prédio alugado no Bairro da Vila Carmem, do Sr. Mário Paiva com seu primeiro nome do Grupo Escolar da Vila Carmem, passando em maio do mesmo ano a denominar-se Grupo Escolar Padre Juca.
Foi um movimento iniciado pelo então Prefeito Luiz de Campos Alves junto com os membros da antiga legenda “UDN” com os Senhores Manuel Carvalho – o Manoel Borges, Vicente Buono e outros. Mais tarde o Governo do Estado de São Paulo construiu o majestoso prédio no mesmo bairro, adotando o nome de Grupo Escolar Padre Juca. Seu primeiro Diretor foi o Prof.ª Ieda Nanci Moeller.
Educandário Luiza Gomes de Lemos
Fundado em 07/06/1958 como internato só para moças, na Vila Carmem. Foi criado pelas Pioneiras Sociais no Governo Federal do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Esta criação se deve muito ao carinho e dedicação da Senhora Édila Ainda Andrade Couto. Sua primeira Diretora foi a Prof.ª Carmem Fontes.
Grupo Escolar Professora Regina Pompéia Pinto
Criado em 30/11/1964 no Governo de Ademar de Barros, instalou em prédio particular em 16/02/1965. Dia 14/12/1967 inaugurou-se no Edifício no Parque Primavera. Seus primeiros Diretores foram Prof.ª Therezinha Silva e Prof.º José de Godoy Roseira.
Colégio Delta
Neste prédio foi o Ginásio Cachoeira, depois Ginásio Valparaíba fundado por uma equipe de personagens líderes da cidade, lá pelos anos de 1944. O Colégio Delta foi fundado em 01/01/1967, como um colégio particular. Usou o prédio Ginásio Valparaíba, na Margem Esquerda. Seu Diretor e fundador foi o Prof.º Juracy de Paula Lico. Hoje, pertencente o prédio à Prefeitura. Instalou-se a Escola Técnica Estadual de Cachoeira Paulista e a Secretária da Educação.
Comendador Oliveira Gomes
Foi criado o Ginásio Estadual Idalina Macêdo Costa de Abreu Sodré em 29/01/1969 e sua instalação deu-se a 17/03/1969 na Santa Casa passando, depois para o prédio do Grupo Escolar Dr. Evangelista Rodrigues e transferido mais tarde para o prédio G.E. Maria José Vieira, no Parque Primavera em 25/02/1970.
Com a fusão dos dois estabelecimentos acima, em 1974 e pela Lei nº 364, passou a chamar-se Escola do I Grau Comendador Oliveira Gomes. Foi seu primeiro Diretor o Prof.º Mabel Viana.
INPE
Um grande empreendimento Federal de grande escala espacial foi instalado em Cachoeira Paulista, quando Prefeita a Senhora Édila Ainda de Andrade Couto. Como Governador o Sr. Laudo Natel e como Secretário do Interior, que muito colaborou na implantação, o Dr. Hugo Lacerte Vitalli. Trata-se do INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, tendo hoje muito aparelhos de precisão, laboratórios e outros. Seu primeiro Diretor foi o Dr. Fernando Mendonça.
FURNAS
Furnas Centrais Elétrica S/A, muito conhecida apenas por “FURNAS”, criada em Cachoeira em 1957. É uma retransmissora de energia, abastecendo as capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, desde o ano de 1970, também no Governo Municipal da Senhora Prefeita Édila Ainda de Andrade Couto.
Museu Pedagógico
O Museu Pedagógico Dr. “Costa Júnior” foi criado pela Secretaria de Esporte e Turismo em 29/06/1972 e inaugurado em 28/07/1972. Seu Diretor até hoje é o Prof.º Jairo Ramos.

Possui Cachoeira uma bem instalada Cooperativa de Laticínios, criada pela união dos fazendeiros de Silveira e de Cachoeira, iniciando o movimento os Senhores Cyro Moreira de Silveiras junto com Sr. Deocleciano da Silva Azevedo de Cachoeira, mais o Sr. Carlos Pinto Filho, Abdias Pinto, Benedito Pinto, e outros.
Originou-se esta Cooperativa, da antiga Usina Pinto & Toledo aqui existente onde hoje começa a Vila Cacarro.
Os estatutos e documentação para sua instalação foram coordenados pelo Contador Sr. Vicente Buono. Inclusive o inicio da documentação para fundar a Cooperativa Central do Laticínios instalada em São Paulo.

Construído também o 8º Depósito da Central do Brasil em Cachoeira, instalado entre a Vila Carmem e o Pitéu, criando muitos empregos para o povo, hoje pertencente a Rede Federal S/A.

O Serviço de Águas e Esgotos de Cachoeira, sempre foi administrado pela Prefeitura. Mais tarde, foi criada a SABESP em São Paulo e Cachoeira aceito sua instalação aqui, cujos serviços até hoje vem servindo a contento.

Ruas Antigas
Cachoeira, como muitas cidades brasileiras teve também a suas ruas com nomes sugestivos e mesmo popular. Vejamos:
Rua dos Espíritas: - A partir da Praça Major Lombardi, subindo a Rua Santo Antônio, vamos encontrar na primeira esquina à direita uma Rua que chama-se Rua São Miguel (Hoje Rua Mário Buono). Pois bem. Esta Rua Mário Buono foi à muitos anos conhecida nos bons tempos por “Rua dos Espíritas”, pelo seguinte fato:
Quanto subia um enterro para seu recomendado o referido corpo na Matriz de Santo Antônio, tudo bem, passava direto desta rua. Porém, quando se tratava de um enterro portador de um defunto espírita, virava esta esquina e não ia em direção a Matriz. Com este ato cotidiano, a rua tomou este refrão... Cada religião com seu ritual.
Rua da Palha: - Havia nesta rua uma fabriqueta de palha para proteges garrafas de cerveja, da antiga fábrica de cerveja aqui existente, naqueles tempos as cervejas eram protegidas por palhas e encaixotadas para seu destino. Não havia nesta época plásticos, nem engradados de vasilhames como se vê. Esta a razão da criação do adágio popular, chamar à esta Rua Barbosa Ferraz, de Rua da Palha.
Rua da Raia: - Nesta rua, nos bons tempos calmas de Cachoeira, o povo criou um meio de se divertir aos domingos e feriados, com este divertimento na corrida de cavalos, lógico que, atrás deste lazer veio a jogatina sobre aposta, o que mais atraia a população. Poucas casas, uma rua com a maior quantidade de areia, terra fina e própria para uma “raia”. Portanto, a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves de hoje, foi de há muitos anos conhecida por Rua da Raia...
Rua do Sapo: - Partindo da antiga Padaria do Sr. Tonico Mendes, da esquina da Rua Bernardino de Campos com Rua Major Batista, seguia uma rua até aos trilhos da Central do Brasil. Pois bem, esta rua continha em seus finais muitos sapos. Era só chover e pronto. A Saparia andava a solta pela rua noite adentro. Esta, a razão de ser conhecida a Rua de hoje Dr. Prudente de Morais, como a Rua do Sapo. Também conhecida por Rua do Curral do Conselho, que, onde se encontra o Mercado Municipal, mais a União Espirita Cachoeirense e a Residência do Sr. Coronel Antônio Guimaraes era tudo isto um lugar de prisão de animais soltos, cujo Conselho Municipal da Cidade aprisoávamos para depois cobras os impostos.

Cachoeira Paulista tem uma área de 277 km².
Limita-se com os municípios de Cruzeiro, Piquete, Lorena, Canas e Silveiras.
É cortado pela Rede Ferroviária Federal e pela Rodovia Presidente Dutra, assim como dividida pelo caudaloso Rio Paraíba do Sul. Tem uma altitude de 520 metros, possuindo um clima seco, temperado e agradável.
Dista de São Paulo pela Dutra 200 km e do Rio de Janeiro de 212 KM.
Sua população orça hoje mais de 30.000 habitantes. É por Cachoeira a passagem que vem da Via Dutra para às Águas Minerais. Por falar em água, há um velho adagio popular de que, “Quem Bebe Água de Cachoeira Fica ou Volta Sempre”.

Nomes Diversos de Nossa Cidade:
Porto da Cachoeira
Arraial do Porto da Cachoeira
Capela do São Bom Jesus da Cana Verde do Porto da Cachoeira
Caxoeira do Porto da Cachoeira
Caxoeira do Rio das Minocas
Caxoeira do Rio das Caninhas
Caxoeira do Caminho dos Silveiras
Caxoeira do Caminho do Embaú
Porto da Choeira do Caminho das Minas Gerais
Freguesia do Santo Antônio da Cachoeira
Porto da Cachoeira da Vila da Bocaina
Vila de Santo Antônio da Cachoeira
Vila de Santo Antônio da Bocaina
Bocaina
Cachoeira
Valparaíba
Cachoeira Paulista

Prefeitos de Cachoeira Paulista
Virgílio Neves – 1889
Dr. João Evangelista Rodrigues
Major Severino Moreira Barbosa
]João Barbosa Ferraz Filho
José Ortiz Nogueira
Dr. Milton Cavalcanti Pinna
Prof.º Agostinho Vicente de Freitas Ramos
Prof.º Fernando Máximo
Deocleciano da Silva Azevedo
Abdias Pinto
José Carlos de Souza
Adel Benaton Guimarães
José Rodrigues do Prado Filho
Dr. Roque Cozzi
Erasmo Pompéia Pinto – 56 à 59
Geraldo Francisco dos Santos – 52 à 55
Luiz Campos Alves
Prof.º Édila Ainda de Andrade Couto
Antônio Benedito Hummel – 73 à 76
Dr. Jayr de Castro Mendes – 77 à 82
José Alves da Silva – 83 à 88
Dr. Aloisio Vieira – 89 à 92
Dr. Silvio Capucho Hummel – 93 à 96

Presidente da Câmara de Cachoeira Paulista
Joaquim Cândido Pinto – 1889
Joaquim Silvério Fonseca Queiroz
Capitão José Joaquim Gonçalves
Casimiro dos Santos Pinto
Cel. Domiciano Rodrigues Pinto
Major João Antônio Oliveira Porto
Joaquim Pinto Barbosa
José Pereira de Castro
Virgílio Neves
Francisco Ribeiro Barbosa
Deocleciano Ramalho
Severino Moreira Barbosa
Francisco Nunes Siqueira
Antônio Joaquim Rodrigues
José Antônio Nogueira de Sá
Avelino da Silveira Mendes
Edgard de Andrade Ferraz
Raul Rios Filho
Alcides Sacilotti
Wagner Carneiro Marcondes
Mário Pacheco Filho
Eurico Martins Lara
João Leite do Prado
Erasmo Pompéia Pinto
Antônio Benedito Hummel
José Mário Reis Pinto
Frederico Ferretti Filho
Fernando de Moliere Romeiro
Gilberto Luiz de Souza
Sídney Ciriaco de Oliveira Souza
Thereza Schubert Barbosa
Geraldo Porto Gomes
Darcy Lobão
Benedito Edson Ferreira da Silva
Aloisio Vieira
Nery Victorio
Edson de Mendonça Satim
Dilson José da Silva
Gabriel Benedito Issaac Chalita
Mariza Cardoso de Miranda Hummel
José Mauro Moreira Barbosa
Elbom Fontes de Souza

Cachoeira é uma cidade pacata, com um povo amigo e acolhedor. Tem uma Cooperativa de Laticínio, filiada à Cooperativa Central do Estado de São Paulo, muitos pecuaristas, sitiantes e pequenas empresas.
Outros recursos financeiros vão parecendo, dando à Cachoeira um lento progresso, porém, calmo a social.

Este humilde trabalho de nossa querida Cachoeira, agradeço a colaboração dos muitos amigos que prestigiaram-me de uma forma ou de outra: Agostinho Vicente Ramos, Hilton Federici, Paulo Pereira dos Reis e Manuel Eufrásio de Azevedo Marques; pesquisas Museu Histórico e Pedagógico, Secretaria da Cultura, Livro do Monsenhor Machado, Diocese de Lorena, aos amigos: José “Portinho”, “Didito” Hummel, Jairo Ramos e outros tantos anônimos que deram também muito de si, para o crescimento deste maravilhoso monumento “CACHOEIRA PAULISTA”




                                                                                              




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