
Incentivo á prática da capoeira nas escolas, creches, centros de convivência e eventos culturais no Município de Cachoeira Paulista

A capoeira enquanto possibilidade pedagógica se constitui por diversos aspectos: físicos, motores, musicais, sociais, folclóricos, ritualísticos e filosóficos. Estes aspectos podem ser agrupados em quatro categorias ou elementos, conforme sugerido por Frigerio (1989): arte luta folclore e esporte. A arte pode ser compreendida pelos aspectos musicais (cantar e tocar instrumentos), artesanais (confecção dos próprios instrumentos), teatrais (encenação, mandinga e indumentária). A luta envolve os golpes (ataque), esquivas (defesa), movimentações, dinâmica de ataque e contra-ataque e a malícia. Ainda referente a este aspecto, a capoeira apresenta uma característica particular, lutar sem a necessidade de contato físico com o outro capoeirista, ou seja, “o que se busca é o envolvimento, a atração do oponente. O aspecto folclórico da capoeira está presente em sua história, tradições e fundamentos, transmitidos através da oralidade, ou seja, do Mestre para seus discípulos, além dos folguedos folclóricos absorvidos pela capoeira: maculelê, puxada-de-rede e samba de roda. Por fim, a capoeira enquanto esporte pode ocorrer sob a forma de luta, inserido em um contexto competitivo
A capoeira, graças ao reconhecimento que tem conquistado a cada dia na sociedade como um todo, já começa a ter seu espaço em muitas escolas públicas e privadas no Brasil, mobilizando um número cada vez maior de alunos de todas as idades, interessadas na sua prática. Porém, o que percebemos é que a presença da capoeira na escola se dá de forma ainda tímida, muitas vezes pela atuação de algum grupo de capoeira da comunidade, que solicita o espaço da escola para ministrar suas aulas e organizar as rodas, mas ainda informalmente, ou seja, sem o reconhecimento por parte da escola, como um saber a ser tratado com o devido respeito e dignidade. A capoeira dessa forma, entra pela porta dos fundos da escola.
A capoeira, graças ao reconhecimento que tem conquistado a cada dia na sociedade como um todo, já começa a ter seu espaço em muitas escolas públicas e privadas no Brasil, mobilizando um número cada vez maior de alunos de todas as idades, interessadas na sua prática. Porém, o que percebemos é que a presença da capoeira na escola se dá de forma ainda tímida, muitas vezes pela atuação de algum grupo de capoeira da comunidade, que solicita o espaço da escola para ministrar suas aulas e organizar as rodas, mas ainda informalmente, ou seja, sem o reconhecimento por parte da escola, como um saber a ser tratado com o devido respeito e dignidade. A capoeira dessa forma, entra pela porta dos fundos da escola.

A Bahia está dando um passo importantíssimo nessa direção, através do Programa “Capoeira na Escola: patrimônio de todos nós”. Esse programa é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Educação, que prevê a capacitação de professores de todas as regiões do estado, que passam por um curso que busca se aprofundar nos estudos sobre a capoeira, abordando aspectos históricos, filosóficos, pedagógicos, envolvendo também a prática dos movimentos, da musicalidade e da ritualidade da capoeira. Uma vez finalizada essa capacitação, esses professores então, irão implantar seus projetos em suas escolas, com a recomendação de que sejam projetos multidisciplinares, ou seja, que se articulem com as várias áreas do conhecimento existentes na escola.
O objetivo desse projeto não é o de formar capoeiristas nas escolas, isso é tarefa dos grupos e academias. Trata-se apenas de possibilitar que os alunos possam ter contato com esse universo tão rico de saberes, que é o universo da capoeira, a partir de um trato pedagógico multidisciplinar dentro da escola.
Originalmente a capoeira era uma luta mortal criada pelos negros africanos escravizados em terras brasileiras com o intuito de sobrevivência. A partir da década de 1930 a capoeira passou a ser classificada como Regional estilo criado por Mestre Bimba para servir como luta combativa e defesa pessoal ou Angola, estilo que preservava a tradição oral, os fundamentos e a malícia do jogo. Nos dias de hoje a capoeira se adaptou às demandas econômicas e sociais e ambos os estilos se permitiram adaptações, inclusive surgindo variações. Segundo Palhares (2007), o mais importante é considerar quatro aspectos: quem está mediando à prática; quem é o público-alvo; qual é o contexto; qual a proposta pedagógica. Fica aqui a definição de capoeira do Mestre Pastinha, que reflete os conceitos de inclusão, respeito às diferenças e se permitir conhecer o novo e o outro: “capoeira é tudo aquilo que a boca come”.
Negros de diferentes tribos e etnias da África foram misturados nas senzalas de inúmeros países colonizados. Entretanto, a capoeira originou-se fruto de um sincretismo cultural ocorrido exclusivamente no Brasil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Projetos esportivos sociais têm como missão permitir que crianças e jovens possam construir coletivamente a sua história com o auxílio dos conteúdos da cultura corporal de movimento. Em consonância com esta missão, a capoeira é capaz de favorecer a aquisição de valores e saberem culturais e sociais, contribuindo com a inclusão social através do movimento, da arte e da música. O presente artigo es, movimentações e floreios; 2) a compreensão da dinâmica de ataque e contra-ataque; 3) os fundamentos (postura) em diferentes tipos de rodas; 4) a interpretação crítica das músicas; 5) a noção dos principais toques dos instrumentos musicais envolvidos na capoeira; 6) a compreensão do papel do berimbau na roda de capoeira; 7) a compreensão da trajetória histórica da capoeira; 8) a discussão da importância das manifestações culturais para a construção da identidade do brasileiro; 9) uma análise crítica do papel do negro no Brasil; 10) o conhecimento da história dos grandes mestres da capoeira.
sugere que a capoeira, enquanto componente da cultura corporal de movimento, seja incorporada a projetos sociais entendendo que ela possibilita a seus praticantes tornarem-se “agentes produtores de cultura”. Assim, os alunos beneficiários dos projetos esportivos sociais podem vir a tornarem-se cidadãos, recuperando sua auto-estima e superando seus próprios limites.
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