quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Mario Sergio Cortella

Contagem Regressiva... Feliz Ano Novo!
Dez, nove, oito, sete... E, aí vem a contagem regressiva que nos remete aos recomeços e ao nosso persistente fascínio pela gestação daquilo que poderia ou poderá ser diferente.
Adoramos a idéia de ciclos, períodos, ou épocas que se encerram; essas ocasiões nos permitem imaginar que uma etapa pode ser terminada e, supostamente, nos oferecer a chance de começar de novo, de um outro jeito, de novas formas, com inéditos vigores e renovadas intenções. Nossa obsessão pelos insistentes fins e recomeços fica ainda mais aguda quando nos remetemos aos anos, por serem estes os tijolos que compõem décadas, séculos e milênios, descortinando uma atração pelo mistério matemático que nos envolve na aura do misticismo impregnador dos sonhos dos reinícios.(...)
(...) O lado mais positivo disso tudo é a comemoração e o revigorar da esperança; comemorar significa “memorar junto”, lembrar com outros. Nós humanas e humanos gostamos demais de festejar, por que essa é a possibilidade de nos alegrarmos e nos encontrarmos, de maneira livre e lúdica e, portanto, qualquer motivo é um bom motivo, mesmo quando não é uma data tão “redonda”.
O que estaremos lembrando? Estarmos vivos e juntos, mesmo que algo pareça estar terminando e nunca haver certeza absoluta de que seja invencível o renascer. Não importa; fazemos com que assim seja e queremos que não deixe de ser assim.
(Mario Sergio Cortella – Não espere pelo Epitáfio...Provocações filosóficas – ed. Vozes)
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Este texto de Mario Sergio Cortella, nos traz uma reflexão incomum sobre as celebrações de recomeço de novos ciclos. Celebrações em que todos nós, nos despedimos de parcelas de tempos passados, comemorando o inicio de um novo tempo onde promessas e esperanças animam a festa. Mas como também é de costume, cabe neste momento o "velho" balanço sobre nossas escolhas, no qual avaliamos o que deu certo e o que precisamos mudar para melhorar e sermos mais felizes. Recomeçar sem parar, e sem deixar de avaliar o que queremos plantar, certos do que queremos colher é, para mim, o sentido mais especial desta celebração. E às vésperas da festa que marca o recomeço de um novo ciclo que, para os diversos povos do mundo, traz significações peculiares, fico com o significado do renascer no sentido da constante renovação da esperança, esperança de viver em Paz, na Paz que só se consegue na Justiça, no Perdão, na Partilha, e na Verdade.
Recebam um abraço fraterno com o qual desejo à vocês um Feliz Ano Novo!


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